segunda-feira, 29 de junho de 2009

Passeio pelos bosques e mares



Canto III - CXX

Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruto,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a Fortuna não deixa durar muito,

Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuto,
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.



CANTO II - 21 - Vênus
Nos ombros de um Tritão, com gesto aceso,

Vai a linda Dione furiosa;

Não sente quem a leva o doce peso,

De soberbo com carga tão formosa.

Já chegam perto donde o vento teso

Enche as velas da frota belicosa;

Repartem-se e rodeiam nesse instante

As naus ligeiras, que iam por diante.




Luís Vaz de Camões - Os Lusíadas

domingo, 28 de junho de 2009

Palácio do Bussaco, a última morada de verão dos reis portugueses








Hoje Bussaco Palace Hotel

Restaurante do Palácio do Bussaco


Almoço


Entradas



Mescla de alface e rúcula, queijo fresco, morango e manga


Carpaccio de salmão macerado em toranja com pimenta rosa

Peixes


Cherne grelhado com azeite de ervas, açorda de tomate e camarão

Carnes



Bife de vazia grelhado com molho de amora, rösti de aspargos e alho francês

Lombo de coelho ao Bussaco Reservado Tinto, polenta de azeitonas e salteado de tomate cereja

e trolley de sobremesas: 80 euros


Conhecer Adamastor, o gigante das águas em Os Lusíadas


Canto V - O Gigante Adamastor
Uma tempestade ameaça a esquadra de Gama, quando ela se aproxima do Cabo das Tormentas. Eis que uma figura gigantesca, horrenda e ameaçadora surge no ar. É Adamastor, que ameaça os portugueses, dizendo-lhes que o preço de haverem descoberto seu segredo seria alto. Profetiza os naufrágios que ocorreriam em suas águas, e os horrores por que passariam os que àquela terra viriam a ter.
Vasco interpela o Gigante, perguntando-lhe quem era. Disse ser ele o Tormentório [Cabo das Tormentas]. Muito tempo atrás, apaixonara-se pela bela ninfa [deusa das águas] Tétis, a quem vira um dia sair pela praia em companhia das nereidas [deusas que habitam o mar]. Compreendendo que por ser gigante, feio e disforme, não poderia conquistá-la por meios normais, ameaçou a mãe dela [a deusa Dóris] para que essa lhe entregasse a ninfa. Caso isso não se realizasse, ele a tomaria mediante o uso das armas. Dóris fez com que a bela Tétis lhe aparecesse nua...
E ele, desesperado de desejo, começou a beijar-lhe os lindos olhos, a face e os cabelos.Mas, aos poucos, percebeu, horrorizado, que, na verdade, estava beijando era um penedo [rochedo] e ele próprio se transformara noutro penedo. Aquela Tétis que ele vira era apenas um 'arranjo' artificial que os deuses prepararam para puni-lo por sua audácia.Desde então deixou de ser um gigante mitológico e passou a cumprir seu castigo transformado num simples acidente geográfico. Continuava, para aumentar o rigor de sua pena, a contemplar, petrificado, a bela Tétis passeando nua pela praia. A única maneira que encontrava para desabafar o seu desespero e a sua frustração era destruir, com fantásticas tempestades, os navios que por ele tentavam passar.
37. Porém já cinco sóis eram passados
Que dali nos partíramos, cortando
Os mares nunca de outrem navegados,
Prosperamente os ventos assoprando,
Quando uma noite, estando descuidados
Na cortadora proa vigiando,
Uma nuvem, que os ares escurece,
Sobre nossas cabeças aparece.
39. Não acabava, quando uma figura
Se nos mostra no ar, robusta e válida,
De disforme e grandíssima estatura;
O rosto carregado, a barba esquálida,
Os olhos encovados, e a postura
Medonha e má e a cor terrena e pálida;
Cheios de terra e crespos os cabelos,
A boca negra, os dentes amarelos.
40. Tão grande era de membros, que bem posso
Certificar-te que este era o segundo
De Rodes estranhíssimo Colosso,
Que um dos sete milagres foi do mundo.
Co'um tom de voz nos fala, horrendo e grosso,
Que pareceu sair do mar profundo,
Arrepiam-se as carnes e o cabelo,
A mim e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo!

Não tem preço


sábado, 27 de junho de 2009

Novo número da revista do Labcom







Maio 2009

Dying to save us: Multimediality in constructing mythical and religious narratives of islamic fundamentalist martyrs - Larissa Soares Carneiro

La conversation civique sur internet : contributions au processus délibératif - Ângela Cristina Salgueiro Marques

Digital Natives and Virtual Communities: Towards a New Paradigm of Mediated Communication - Anabela Gradim

Media Narrative Construction of Ethno-religious Conflicts in Nigeria - Abiodun Salawu

A segunda fase do Jornalismo Público - Susana Borges

O jornalismo especializado e a especialização periodística - Frederico de Mello Brandão Tavares

O Acontecimento e o Sensacional no Jornalismo - Leonel Aguiar, Alice Baroni

A Mensagem nas Eleições Presidenciais Portuguesas: O Ciclo de Debates Televisivos de 2006 - Paula do Espírito Santo

Romanian teenagers and the Internet: The Internet in the life of romanian adolescents - Simona Stefånescu

Marketing Científico Electrônico: um novo conceito voltado para periódicos electrônicos - Bomfá, C. & Freitas, M. & Silva, L. & Bornia, A.

Comunicação e representações sociais: o Pantanal que os brasileiros (des) conhecem - Ana Maria Dantas de Maio

Sobre clássicos, tradição e o campo comunicacional - Rafiza Varão


Textos aqui

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O céu da Sala do Exame Privado


A Sala do Exame Privado fazia parte integrante da ala real do palácio. Foi câmara real, ou seja, o local onde o monarca pernoitava. Também foi nesta sala que se realizou a primeira “reunião” entre o Reitor D. Garcia de Almeida e os lentes (professores) da Universidade, no dia 13 de Outubro de 1537, data da transferência definitiva desta instituição para Coimbra.




terça-feira, 23 de junho de 2009

Curriculum vitae inadequado para o Supremo Tribunal Federal


Álvaro Nunes Larangeira, jornalista diplomado, cozinheiro recalcado, carpidor da ignorância togada, juiz de fato do tribunal das almas penadas, cangaceiro da justiça terrena, jagunço do direito dos justos, carrasco da magistratura servil e capanga do jornalismo autêntico.

domingo, 21 de junho de 2009

O motivo do presidente do STF para votar contra o diploma de jornalista: o jornalismo


Nos rincões dos Mendes

Em sua terra natal, o presidente do STF e a família agem como coronéis
Leandro Fortes - DE DIAMANTINO (MT)

Existe um lugar, nas entranhas do Centro-Oeste, onde a vetusta imagem do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, nada tem a ver com aquela que lhe é tão cara, de paladino dos valores republicanos, guardião do Estado de Direito, diligente defensor da democracia contra a permanente ameaça de um suposto – e providencial – “Estado policial”. Em Diamantino, a 208 quilômetros de Cuiabá, em Mato Grosso, o ministro é a parte mais visível de uma oligarquia nascida à sombra da ditadura militar (1964-1985), mas derrotada, nas eleições passadas, depois de mais de duas décadas de dominação política.

O atual prefeito de Diamantino, o veterinário Francisco Ferreira Mendes Júnior, de 50 anos, é o irmão caçula de Gilmar Mendes. Por oito anos, ao longo de dois mandatos, Chico Mendes, como é conhecido desde menino, conseguiu manter-se na prefeitura, graças à influência política do irmão famoso. Nas campanhas de 2000 e 2004, Gilmar Mendes, primeiro como advogado-geral da União do governo Fernando Henrique Cardoso e, depois, como ministro do STF, atuou ostensivamente para eleger o irmão. Para tal, levou a Diamantino ministros para inaugurar obras e lançar programas, além de circular pelos bairros da cidade, cercado de seguranças, a pedir votos para o irmão-candidato e, eventualmente, bater boca com a oposição.

Em setembro do ano passado, o ministro Mendes foi novamente escalado pelo irmão Chico Mendes para garantir a continuidade da família na prefeitura de Diamantino. Depois de se ancorar no grupo político do governador Blairo Maggi, os Mendes também migraram do PPS para o PR, partido do vice-presidente José Alencar, e ingressaram na base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – a quem, como se sabe, Mendes costuma, inclusive, chamar às falas, quando necessário. Maggi e os Mendes, então, fizeram um pacto político regional, cujo movimento mais ousado foi a assinatura, em 10 de setembro de 2007, do protocolo de intenções para a instalação do Grupo Bertin em Diamantino, às vésperas do ano eleitoral de 2008.
Considerado um dos gigantes das áreas agroindustrial, de infra-estrutura e de energia, o Bertin acabou levado para Diamantino depois de instalado um poderoso lobby político capitaneado por Mendes, então vice-presidente do STF, com o apoio do governador Blairo Maggi, a quem coube a palavra final sobre a escolha do local para a construção do complexo formado por um abatedouro, uma usina de biodiesel e um curtume. O investimento previsto é de 230 milhões de reais e a perspectiva de criação de empregos chega a 3,6 mil vagas. Um golpe de mestre, calcularam os Mendes, para ajudar a eleger o vereador Juviano Lincoln, do PPS, candidato apoiado por Chico Mendes à sucessão municipal.

No evento de assinatura do protocolo de intenções, Gilmar Mendes era só sorrisos ao lado do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, a quem levou a Diamantino para prestigiar a gestão de Chico Mendes, uma demonstração de poder recorrente desde a primeira campanha do irmão, em 2000. Durante a cerimônia, empolgado com a presença do ministro e de dois diretores do Bertin, Blairo Maggi conseguiu, em uma só declaração, carimbar o ministro Mendes como lobista e desrespeitar toda a classe política mato-grossense. Assim falou Maggi: “Gilmar Mendes vale por todos os deputados e senadores de Mato Grosso”. Presente no evento estava o prefeito eleito de Diamantino, Erival Capistrano (PDT), então deputado estadual. “O constrangimento foi geral”, lembra Capistrano.

Ainda na festa, animado com a atitude de Maggi, o deputado Wellington Fagundes (PR-MT)

aproveitou para sacramentar a ação do presidente do STF. “O ministro Gilmar Mendes tem usado o seu prestígio para beneficiar Mato Grosso, apesar de não ser nem do Executivo nem do Legislativo”, esclareceu, definitivo. Ninguém, no entanto, explicou ao público e aos eleitores as circunstâncias da empresa que tão alegremente os Mendes haviam conseguido levar a Diamantino.

O Grupo Bertin, merecedor de tanta dedicação do presidente do STF, foi condenado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em novembro de 2007, logo, dois meses depois da assinatura do protocolo, por formação de cartel com outros quatro frigoríficos. Em 2005, as empresas Bertin, Mataboi, Franco Fabril e Minerva foram acusadas pela Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça de combinar os preços da comercialização de gado bovino no País. Foi obrigado a pagar uma multa equivalente a 5% do faturamento bruto, algo em torno de 10 milhões de reais. No momento em que Gilmar Mendes e Blairo Maggi decidiram turbinar a campanha eleitoral de Diamantino com o anúncio da construção do complexo agroindustrial, o processo do Bertin estava na fase final.

Ainda assim, quando a campanha eleitoral de Diamantino começou, em agosto passado, o empenho do ministro Mendes ara levar o Bertin passou a figurar como ladainha na campanha do candidato da família, Juviano Lincoln. Em uma das peças de rádio, o empresário Eraí Maggi, primo do governador, ao compartilhar com Chico Mendes a satisfação pela vinda do abatedouro, manda ver: “Tenho falado pro Gilmar, seu irmão, sobre isso”. Em uma das fazendas de soja de Eraí Maggi, o Ministério do Trabalho libertou, neste ano, 41 pessoas mantidas em regime de escravidão.

Tanto esforço mostrou-se em vão eleitoralmente. Em outubro passado, fustigado por denúncias de corrupção e desvio de dinheiro, o prefeito Chico Mendes foi derrotado pelo notário Erival Capistrano, cuja única experiência política, até hoje, foi a de deputado estadual pelo PDT, por 120 dias, quando assumiu o cargo após ter sido eleito como suplente. “Foi a vitória do tostão contra o milhão”, repete, como um mantra, Capistrano, a fim de ilustrar a maneira heróica como derrotou, por escassos 418 votos de diferença, o poder dos Mendes em Diamantino. De fato, não foi pouca coisa.

Em Diamantino, a família Mendes se estabeleceu como dinastia política a partir do golpe de 1964, sobretudo nos anos 1970, época em que os militares definiram a região, estrategicamente, como porta de entrada para a Amazônia. O patriarca, Francisco Ferreira Mendes, passou a alternar mandatos na prefeitura com João Batista Almeida, sempre pela Arena, partido de sustentação da ditadura. Esse ciclo foi interrompido apenas em 1982, quando o advogado Darcy Capistrano, irmão de Erival, foi eleito, aos 24 anos, e manteve-se no cargo por dois mandatos, até 1988. A dobradinha Mendes-Batista Almeida só voltaria a funcionar em 1995, bem ao estilo dinástico da elite rural nacional, com a eleição, primeiro, de João Batista Almeida Filho. Depois, em 2000, de Francisco Ferreira Mendes Júnior, o Chico Mendes.

Gilmar nasceu em Diamantino em 30 de dezembro de 1955. O lugar já vivia tempos de franca decadência. Outrora favorecida pelo comércio de diamantes, ouro e borracha por mais de dois séculos, a cidade natal do atual presidente do STF se transformou, a partir de meados do século XX, num município de economia errática, pobre e sem atrativos turísticos, dependente de favores dos governos federal e estadual. Esse ambiente de desolação social, cultural e, sobretudo, política favoreceu o crescimento de uma casta coronelista menor, se comparada aos grandes chefes políticos do Nordeste ou à aristocracia paulista do café, mas ciosa dos mesmos métodos de dominação.

Antes do presidente do STF, a figura pública mais famosa do lugar, com direito a busto de bronze na praça central da cidade, para onde os diamantinenses costumam ir para fugir do calor sufocante do lugar, era o almirante João Batista das Neves. Ele foi assassinado durante a Revolta da Chibata, em 1910, por marinheiros revoltosos, motivados pelos maus-tratos que recebiam de oficiais da elite branca da Marinha, entre eles, o memorável cidadão diamantinense.
Na primeira campanha eleitoral de Chico Mendes, em 2000, o então advogado-geral da União, Gilmar Mendes, conseguiu levar ministros do governo Fernando Henrique Cardoso para Diamantino, a fim de dar fôlego à campanha do irmão. Um deles, Eliseu Padilha, ministro dos Transportes, voltou à cidade, em agosto de 2001, ao lado de Mendes, para iniciar as obras de um trecho da BR-364. Presente ao ato, prestigiado como sempre, estava o irmão Chico Mendes. No mesmo mês, um dos principais assessores de Padilha, Marco Antônio Tozzati, acusado de fazer parte de uma quadrilha de fraudadores que atuava dentro do Ministério dos Transportes, juntou-se a Gilmar Mendes para fundar a Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino, a Uned.

O ministro Mendes, revelou CartaCapital na edição 516 (de 8 de outubro de 2008), é acionista de outra escola, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), que obteve contratos sem licitação com órgãos públicos e empréstimos camaradas de agências de fomento. Não é de hoje, portanto, que o ensino, os negócios e a influência política misturam-se oportunamente na vida do presidente do Supremo.

No caso da Uned, o irmão-prefeito bem que deu uma mãozinha ao negócio do irmão. Em 1º de abril de 2002, Chico Mendes sancionou uma lei que autorizava a prefeitura de Diamantino a reverter o dinheiro recolhido pela Uned em diversos tributos, entre os quais o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS) e sobre alvarás, em descontos nas mensalidades de funcionários e “estudantes carentes”. Dessa forma, o prefeito, responsável constitucionalmente por incrementar o ensino infantil e fundamental, mostrou-se estranhamente interessado em colocar gente no ensino superior da faculdade do irmão-ministro do STF.
Em novembro de 2003, o jornalista Márcio Mendes, do jornal O Divisor, de Diamantino, entrou com uma representação no Ministério Público Estadual de Mato Grosso, para obrigar o prefeito a demonstrar, publicamente, que funcionários e “estudantes carentes” foram beneficiados com a bolsa de estudos da Uned, baseada na renúncia fiscal – aliás, proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal – autorizada pela Câmara de Vereadores. Jamais obteve resposta. O processo nunca foi adiante, como, de praxe, a maioria das ações contra Chico Mendes. Atualmente, Gilmar Mendes está afastado da direção da Uned. É representado pela irmã, Maria Conceição Mendes França, integrante do conselho diretor e diretora-administrativa e financeira da instituição.

O futuro prefeito, Erival Capistrano, estranha que nenhum processo contra Chico Mendes tenha saído da estaca zero e atribui o fato à influência do presidente do STF. Segundo Capistrano, foram impetradas ao menos 30 ações contra o irmão do ministro, mas quase nada consegue chegar às instâncias iniciais sem ser, irremediavelmente, arquivado. Em 2002, a Procuradoria do TCE mato-grossense detectou 38 irregularidades nas contas da prefeitura de Diamantino, entre elas a criação de 613 cargos de confiança. A cidade tem 19 mil habitantes. O Ministério Público descobriu, ainda, que Chico Mendes havia contratado quatro parentes, inclusive a mulher, Jaqueline Aparecida, para o cargo de secretária de Promoção Social, Esporte e Lazer.
No mesmo ano de 2002, o vereador Juviano Lincoln (ele mesmo, o candidato da família) fez aprovar uma lei municipal, sancionada por Chico Mendes, para dar o nome de “Ministro Gilmar Ferreira Mendes” à avenida do aeródromo de Diamantino. Dois cidadãos diamantinenses, o advogado Lauro Pinto de Sá Barreto e o jornalista Lúcio Barboza dos Santos, levaram o caso ao Senado Federal. À época, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), não aceitou a denúncia. No Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a acusação contra a avenida Ministro Gilmar Mendes também não deu resultados e foi arquivada, no ano passado. A lentidão da polícia e da Justiça na região, inclusive em casos criminais, acaba tendo o efeito de abrir caminho a várias suspeitas e deixar qualquer um na posição de ser acusado – ou de ver o assunto explorado politicamente.


Em 14 de setembro de 2000, na reta final da campanha eleitoral, a estudante Andréa Paula Pedroso Wonsoski foi à delegacia da cidade para fazer um boletim de ocorrência. Ao delegado Aldo Silva da Costa, Andréa contou, assustada, ter sido repreendida pelo então candidato do PPS, Chico Mendes, sob a acusação de tê-lo traído ao supostamente denunciar uma troca de cestas básicas por votos, ao vivo, em uma emissora de rádio da cidade. A jovem, de apenas 19 anos, trabalhava como cabo eleitoral do candidato, ao lado de uma irmã, Ana Paula Wonsoski, de 24 – esta, sim, responsável pela denúncia. Ao tentar explicar o mal-entendido a Chico Mendes, em um comício realizado um dia antes, 13 de setembro, conforme o registro policial, alegou ter sido abordada por gente do grupo do candidato e avisada: “Tome cuidado”. Em 17 de outubro do mesmo ano, 32 dias depois de ter feito o BO, Andréa Wonsoski resolveu participar de um protesto político.


Ela e mais um grupo de estudantes foram para a frente do Fórum de Diamantino manifestar contra o abuso de poder econômico nas eleições municipais. A passeata prevista acabou por não ocorrer e Andréa, então, avisou a uma amiga, Silvana de Pino, de 23 anos, que iria tentar pegar uma carona para voltar para casa, por volta das 19 horas. Naquela noite, a estudante desapareceu e nunca mais foi vista. Três anos depois, em outubro de 2003, uma ossada foi encontrada por três trabalhadores rurais, enterrada às margens de uma avenida, a 5 quilômetros do centro da cidade. Era Andréa Wonsoski.

A polícia mato-grossense jamais solucionou o caso, ainda arquivado na Vara Especial Criminal de Diamantino. Mesmo a análise de DNA da ossada, requerida diversas vezes pela mãe de Andréa, Nilza Wonsoski, demorou outros dois anos para ficar pronta, em 1º de agosto de 2005. De acordo com os três peritos que assinam o laudo, a estudante foi executada com um tiro na nuca. Na hora em que foi morta, estava nua (as roupas foram encontradas queimadas, separadas da ossada), provavelmente por ter sido estuprada antes. Chamado a depor pelo delegado Aldo da Costa, o prefeito Chico Mendes declarou ter sido puxado pelo braço “por uma moça desconhecida”. Segundo ele, ela queria, de fato, se explicar sobre as acusações feitas no rádio, durante o horário eleitoral de outro candidato. Mendes alegou não ter levado o assunto a sério e ter dito a Andréa Wonsoski que deixaria o caso por conta da assessoria jurídica da campanha.

CartaCapital tentou entrar em contato com o ministro Gilmar Mendes, mas o assessor de imprensa, Renato Parente, informou que o presidente do STF estava em viagem oficial à Alemanha. Segundo Parente, apesar de todas as evidências, inclusive fotográficas, a participação de Mendes no processo de implantação do Bertin em Diamantino foi “zero”. Parente informou, ainda, que a participação do ministro nas campanhas do irmão, quando titular da AGU, foram absolutamente legais, haja vista ser Mendes, na ocasião, um “ministro político” do governo FHC. O assessor não comentou sobre os benefícios fiscais concedidos pelo irmão à universidade do ministro.

A reportagem da Carta também procurou o prefeito Chico Mendes. O chefe de gabinete, Nélson Barros, prometeu contatar o prefeito e, em seguida, viabilizar uma entrevista, o que não aconteceu.


Passar a limpo
Eleito em outubro, Erival Capistrano, de oposição, promete fazer uma auditoria nas contas da prefeitura. E se diz ameaçado de morte

Depois de vencer, por 418 votos, uma eleição improvável contra o candidato da família do ministro Gilmar Mendes, o futuro prefeito de Diamantino (MT), Erival Capistrano (PDT), ainda não pode afirmar, com todas as letras, que vai mesmo assumir o cargo em 1º de janeiro de 2009. Isso porque Moacir Ferreira Mendes, irmão do presidente do STF, mandou avisar a Capistrano que vai matá-lo, até o dia da posse, segundo o prefeito eleito. Aos 52 anos, 40 dos quais dedicado a trabalhar no cartório de notas da família, Capistrano não perde a calma e entende a reação do clã dos Mendes, derrotado depois de duas décadas à frente do poder local. O desespero da família do ministro vem de uma promessa de campanha do prefeito eleito: fazer uma auditoria nas contas da prefeitura. “Quero descobrir para onde foi o dinheiro de Diamantino nos últimos 20 anos”, anuncia Capistrano.

CartaCapital: O senhor venceu o candidato Juviano Lincoln, do PPS, por uma margem muito pequena de votos. Por que foi tão difícil vencer o candidato da família do ministro Gilmar Mendes?
Erival Capistrano: As eleições sempre foram difíceis em Diamantino, mas o povo estava querendo mudança. E mesmo com toda a dificuldade, o eleitor teve a coragem de enfrentar o grupo de Gilmar Mendes.
CC: O presidente do STF teve influência direta na campanha?
EC: Gilmar Mendes é mais político do que ministro. Ele deveria estar além da política de Diamantino, que é uma coisa muito pequena. Ele usa de influência aqui desde a época em que era advogado-geral da União. Sempre usou a máquina administrativa do governo federal e vinha usando. Isso nos preocupou, mas não foi barreira.
CC: De que maneira Gilmar Mendes usava de influência nas campanhas?
EC: Ele foi ativo nas duas campanhas do irmão, Chico Mendes (Francisco Ferreira Mendes Júnior, atual prefeito de Diamantino), e também nesta última, do Juviano Lincoln, o candidato da família. Na primeira campanha, ele usou jatinhos da FAB. Quando era da AGU, usava de influência nos ministérios, pressionava políticos do estado, pressionava o governador (Blairo Maggi, do PR). Isso intimidava muitos agricultores endividados, que precisavam negociar com o Banco do Brasil, e eram levados a apoiar o grupo de Chico Mendes.
CC: Vocês nunca denunciaram essa situação?
EC: Sim, mas os processos eleitorais contra Chico Mendes nunca dão em nada. Os juízes eleitorais designados para Diamantino são sempre substitutos, colocados em cima da eleição. A Justiça já é morosa por natureza, mas parece que os processos contra o irmão do ministro são ainda mais. É muita influência de Gilmar Mendes. Nas campanhas passadas, a gente entrava com os processos e o ministro aparecia aqui, quando era da AGU (2000 a 2002), nos bairros, fazendo visitas, pedindo votos. Entrava nas casas.
CC: Por que o senhor decidiu fazer uma auditoria nas contas da prefeitura?
EC: Diamantino tem uma arrecadação de 3,1 milhões de reais mensais,com uma folha de pagamento de 1 milhão de reais. Logo, sobraria mais de 2 milhões de reais para investimentos, todo mês. E, nos últimos anos, a gente viu que não teve investimento em Diamantino. O que foi feito com a verba do governo federal? Nosso objetivo é saber onde colocaram esse dinheiro de investimento nos últimos oito anos.
CC: Como o senhor pretende averiguar isso?
EC: Vamos fazer uma auditoria independente. A gente gostaria que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso e o Tribunal de Contas do Estado fizessem parte dessa investigação, mas, no caso, eles não fazem. Mas vamos usar a Lei de Responsabilidade Fiscal, porque as contas foram aprovadas, tanto pela Câmara Municipal como pelo TCE. Então, a gente vai procurar saber, depois que assumir, a realidade das coisas.
CC: Teme que a ameaça de morte contra o senhor se concretize?
EC: Não tenho medo. Eu estava fazendo uma visita em um bairro da cidade, quando recebi um telefonema do comitê. Um candidato a vereador do PDT e mais duas pessoas tinham ido à fazenda do irmão do ministro, o Moacir, e ele disse que eu poderia ganhar as eleições de Diamantino, mas que não assumiria, porque ele iria me matar. Fiz um boletim de ocorrência na delegacia de polícia. Não sei por que ele teve essa reação. Eu o conhecia como funcionário do Banco do Brasil, soube que anda sempre armado, mas nunca tive problema com ele.
CC: Avinda do frigorífico Bertin para Diamantino, comemorada com a presença do ministro Gilmar Mendes, no ano passado, foi muito usada na campanha de Juviano Lincoln. O senhor acha que houve interferência política nesse caso?
EC: Um pedido de Gilmar Mendes ao governo do Estado tem muita influência. Ele exerce o cargo dele para fazer política, também. No evento de anúncio da vinda do Bertin, o governador Blairo Maggi chegou a dizer que Gilmar Mendes valia mais do que a bancada de deputados e senadores de Mato Grosso. Quem é eleito pelo povo tem mais valor. O governador foi infeliz na declaração dele. Mas para o ego dele (Mendes) foi muito bom. Na campanha, eles começaram a dizer que, se eu viesse a ganhar as eleições, o Bertin iria embora de Diamantino. Eles falavam isso para ressaltar a influência do ministro Gilmar Mendes, que trouxe o Bertin para cá.
CC: O senhor acha que o ministro Gilmar Mendes tem pretensões eleitorais em Mato Grosso?
EC: Eu acredito que ele queira ser deputado federal ou senador. Quando a gente se encontra com o governador Blairo Maggi, a primeira coisa que ele lembra é que Diamantino é a terra do ministro Gilmar Mendes. É complicado por causa do poder que ele exerce, como presidente do Supremo, com influência no Tribunal Superior Eleitoral. A presença dele no dia da eleição foi ostensiva.
CC: Repercutiu, na política diamantinense, o caso do suposto grampo telefônico numa linha do ministro Gilmar Mendes?
EC: Esse grampo do STF foi ótimo para a gente, porque ele sumiu da campanha, ficou mais tempo em Brasília.Tenho que descobrir quem foi que fez esse grampo para ir lá depois fazer um agradecimento (risos).

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Textos aprovados para o Mutirão

























Produções Acadêmicas


Confira nesta página a relação parcial das inscrições aprovadas

Titulo: ENTRE EL ESPANTO Y LA TERNURA
Autor: Alma D. Montoya Ch. e Alexander Hernández
E-mail: alma@colnodo.org.co E-mail: alexher202@hotmail.com

Resumo: La siguiente es la sistematización de la experiencia radiofónica de Radio Fe y Alegría Los Llanos, ubicada en Venezuela y perteneciente a la Red de Radios de Fe y Alegría. El proceso de sistematización participativa se enfocó fundamentalmente en el planteamiento de la metodología de trabajo propuesto desde el Proyecto Político Comunicativo del área formación de la Asociación Latinoamericana de Educación Radiofónica, ALER. En el trabajo se recoge la experiencia de la radio desde sus inicios y también los saberes desarrollados por el equipo de trabajo en su práctica cotidiana. Se realiza un énfasis especial en el tema de la violencia presente en la zona y las formas de abordajes realizados por la radio.
Palavras-Chave: radio popular, sistematización participativa, radio popular

Título: COMUNICAÇÃO E LEGITIMAÇÃO NA AMBIÊNCIA MIDIATIZADA
Autor: Ana Cássia Pandolfo Flores e Eugenia Mariano da Rocha Barichello
E-mail: eficassia84@yahoo.com.br

Resumo: A realidade em que vivemos é uma construção social da ação humana. Partindo da idéia da comunicação como uma relação e da tecnologia como uma forma de resposta aos anseios e necessidades humanas que se consagra na ordem social, o presente trabalho objetiva construir um panorama teórico sobre o imbricamento dos conceitos de comunicação e tecnologia com vistas a embasar as discussões sobre o fenômeno da legitimação na sociedade midiatizada.
Palavras-chave: comunicação; legitimação; midiatização; tecnologia; cultura.

Título: O JORNALISMO DOS AFETOS: DIALOGIA SOCIAL NA VIDA E OBRA DE CREMILDA MEDINA
Autor: André Giulliano Mazini
E-mail: andre_mazini@hotmail.com

Resumo: Em todas as áreas das ciências contemporâneas a palavra “crise” sobrevoa os que nelas debruçam seus esforços reflexivos. No jornalismo, uma das crises se instaura na estética das mediações sociais. O jornalista deixa de ser um mediador-autor das representações sociais, passando a ser um repetidor de moldes funcionalistas de produção da notícia. Pelo prisma do pensamento jornalístico de Cremilda Medina, este artigo discute a crise de alguns paradigmas relacionados ao jornalismo e apresenta a proposta de uma postura dialógica e humanizada ao fazer jornalístico contemporâneo.
Palavras-chave: Jornalismo; narrativas; humanização; diálogo social

Título: A VOZ FEMININA DA SOLIDARIEDADE
Autor: Andréa Pinheiro Paiva Cavalcante
E-mail: andrea@virtual.ufc.br

Resumo: O presente artigo é parte da pesquisa A Escuta Popular da Rádio Comunitária Edson Queiroz: um estudo introdutório sobre a produção do sujeito no espaço da periferia. Foi realizada no período de 2004 a 2006 e apresenta reflexões sobre o programa radiofônico A Força da Mulher Solidária, apresentado às quartas-feiras, às 19h30, na Rádio Comunitária Edson Queiroz, em Fortaleza. O texto discute à luz da concepção teórica proposta por Jesús Martin-Barbero, o bairro como espaço de mediação e de produção de sentido, bem como o fazer radiofônico de um grupo de mulheres da periferia.
Palavras-chave: rádio, identidade, mulher

Título: HAY GOBIERNO? UMA ANÁLISE DO NOTICIÁRIO DE AMÉRICA LATINA EM DOIS JORNAIS IDEOLOGICAMENTE OPOSTOS
Autor: Daniel Barbosa Cassol
E-mail: dbcassol@gmail.com

Resumo: O presente trabalho pretende analisar a cobertura sobre América Latina de dois jornais ideologicamente opostos: o jornal Brasil de Fato, que propõe uma visão popular do Brasil e do mundo, e o jornal Estado de S. Paulo, tradicional diário conversador do país. A partir de categorias trabalhadas por autores como Guillermo Sunkel (1985) e Amparo Moreno Sardá (1998), procuramos identificar que atores, cenários e conflitos são interpelados pelos discursos dos dois jornais, buscando compreender de que forma a imprensa popular alternativa no Brasil vem dialogando com a realidade latino-americana.
Palavras-chave: jornalismo, imprensa popular alternativa, América Latina

Título: COMUNICAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO - MÍDIA, INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA NO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO
Autor: Edgard Patrício
E-mail: ecologiaopovo@bol.com.br

Resumo: Tendo como premissas a influência exercida pela mídia na definição da agenda de temas e ações percebidas como prioritárias pela sociedade e pelo Estado e o papel estratégico da comunicação como ferramenta de transformação social, a Rede ANDI Brasil desenvolve o projeto Comunicação Para o Desenvolvimento: Mídia, Infância e Adolescência no Semi-árido Brasileiro. O intuito é contribuir para a melhoria das condições de vida das crianças e adolescentes do Semi-árido brasileiro utilizando a comunicação como instrumento para colocar esta questão na agenda da mídia, dos governos e da sociedade brasileira.
Palavras-chave: comunicação, desenvolvimento, semi-árido, infância Título:

ENQUADRAMENTO DA MÍDIA IMPRESSA DE GOIÁS SOBRE A VIOLÊNCIA POLICIAL CONTRA JOVENS
Autor: Gardene Leão de Castro Mendes
E-mail: gardeneleao@gmail.com

Resumo: O objetivo deste estudo é analisar as abordagens do jornal O Popular sobre a violência policial contra jovens no período de 15 de abril a 15 de maio de 2006. Focamos especificamente em violência policial porque, em Goiânia, nos últimos anos, segundo dados da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado de Goiás, os casos de violência policial contra jovens aumentaram consideravelmente. Através da teoria do enquadramento, instrumento de análise do conteúdo midiático, buscamos verificar, na formatação das notícias, elementos que orientassem o público a uma determinada interpretação dos fatos. Percebemos que o enquadramento feito é o da presunção da culpa dos jovens e da inocência dos policiais.
Palavras-chave: comunicação, juventude, agendamento, violência.

Título: ANUNCIANDO ALDIOS DE LA ESPERANZA MÍSTICA, PROFETISMO Y COMPROMISO POLÍTICO: IDENTIDAD Y MISIÓN DE LOS COMUNICADORES SOCIALES
Autor: Glafira Jiménez París
E-mail: glafira00@yahoo.es

Resumo: Los textos bíblicos narran el encuentro entre Dios y el Pueblo de Israel en la historia y nos transmiten la experiencia humana de tantas mujeres y varones creyentes que se reconocieron destinatarios de las promesas de Dios; son “las voces” de esa “Palabra encarnada” en la vida de tantas personas, en los diferentes acontecimientos. Los cristianos-comunicadores sociales asumen su condición de discípulos-misioneros desde una vocación concreta: orientación teológica de la evangelización desde la comunicación, la comunicación del Dios de la Esperanza. La vida de los profetas y profetisas siguen inspirando la manera en la que abordar el desafío de comunicar el mensaje de la Buena Noticia de Dios. En esta oportunidad nos dejaremos iluminar por la experiencia de Juldá, profetisa de Israel en tiempos del rey Josías. La experiencia y compromiso de esta mujer sigue iluminando las características y contenido de la misión de los comunicadores porque Juldá es una mujer que encarna a una creyente que lee los acontecimientos históricos desde la fe en el Dios de Israel y, desde esa fe inquebrantable, exhorta a sus contemporáneos a cambiar su mentalidad y forma de actuar porque confía en el Dios de las promesas, al Dios de la Esperanza, en su capacidad para perdonar y renovar la Alianza, en la capacidad del ser humano para vivir de acuerdo al plan de Dios. Nos encontramos en un momento de “crisis” en el sentido estricto del término. Un momento para mirar y mirarnos, evaluar y proponer caminos para responder a la misión concreta a la que hemos sido llamados y llamadas. Nos encontramos ante nuevos desafíos y exigencias. Las palabras del profeta Isaías ( 50, 4-5) siguen siendo válidas en estos tiempos. A ustedes comunicadores, el Señor les ha dado lengua de discípulos y discípulas para que haga saber al cansado una palabra alentadora. Despierten mañana tras mañana el oído para escuchar como discípulos y discípulas. No se resistan ni se echen atrás.
Palavras-chave: Misión, Comunicadores, Aparecida, Biblia, Mujer.

Título: A QUESTÃO INDÍGENA, EM JORNAL IMPRESSO, PRÓXIMO À TERRA KAINGANG
Autor: Jorge Tarachuque
E-mail: jorgetarachuque@hotmail.com

Resumo: Este estudo, que versa sobre a questão indígena, com base em matéria publicada na imprensa da região onde estão localizadas as terras kaingangs Mococa e Queimadas, levanta algumas hipóteses, averiguadas a partir de pesquisa de campo. A primeira parte apresenta a contextualização da realidade histórica, geográfica, política, cultural, religiosa e social do povo kaingang, bem como enfoca a ameaça de graves e irreversíveis impactos que possam surgir, em vista da possibilidade de construção da Usina Hidrelétrica Mauá (UHE Mauá). A segunda parte apresenta uma crítica ético-étnica sobre jornais impressos que circulam na região onde estão os kaingangs, identificando em tais periódicos os elementos que aqui passam a ser denominados: “invisibilidade” e “distorção”. Na terceira parte, confere particular atenção às perspectivas de uma “outra comunicação”.
Palavras-chave: Questão indígena, Preconceito, Ética e Imprensa, Jornalismo

Título: EL DILEMA DE LA DIMENSIÓN ANTROPOLÓGICA DE LA INDUSTRIA DEL ENTRETENIMIENTO
Autor: Jorge Alberto Hidalgo Toledo
E-mail: jhidalgo@anahuac.mx

Resumo: El uso, consumo y apropiación de medios en la población juvenil está cambiando. Por ende, una nueva sintaxis está definiendo la estructura gramatical del consumo mediático. Así, han surgido múltiples categorías de estudio para denominar a las generaciones de consumidores mediáticos. No obstante, es posible dar cuenta que estos jóvenes poseen un gran número de medios portátiles propios; adoptaron como suyas las tecnologías de información móviles e Internet; usan los medios tradicionales únicamente para saber de moda, belleza, celebridades, actitudes a imitar y están altamente acostumbrados al engranaje mediático publicitario. Aquí encontrarán: la transición de los medios tradicionales a los denominados nuevos medios; cuál es la naturaleza de los hipermedios; qué tipo de consumo y exposición mediática tienen las audiencias jóvenes; qué papel juegan los nuevos medios en sus vidas; descifrar algunas de las motivaciones y las tendencias que derivan de esa interacción. Los interesados en comprender a los nuevos usuarios encontrarán aquí algunas clasificaciones, tipologías y herramientas para entender a las hoy denominadas Generaciones Mediáticas. El presente texto pretende establecer una aproximación ontológica de las tecnologías de información, su impacto sociocultural y las transformaciones que están sufriendo los usuarios de la comunicación por dichas modificaciones.
Palavras-chave: entretenimiento, entertainment, edutainment, educación en medios, ethoentretenimiento, nuevas tecnologías, ética, nuevas tecnologias.

Título: TRANSFERÊNCIAS SIMBÓLICAS NO UNIVERSO CRISTÃO: OS SÍMBOLOS COMO ELEMENTO COMUNICACIONAL.
Autor: Leandro Fazolla
E-mail: leofazolla@gmail.com

Resumo: A história das religiões é marcada por uma trajetória de estreitas relações simbólicas cuja coexistência encontra-se entre dois universos distintos: o transcendental fundado nas entidades espirituais que o homem elege para sua adoração, e o material, estabelecido pela cultura material que requer a difusão e ensino de preceitos e dogmas religiosos. O fundamento da relação no plano terreno ganhou forma visual, complexidade ideológica e profundidade simbólica a partir da necessidade do homem em propagar crenças sem necessariamente fazer uso de palavras. Dos tempos remotos até os dias atuais, os símbolos se transformaram em interessantes elos de ligação entre o plano terreno e o espiritual. Ao considerar o aspecto formal, a complexidade e a profundidade da qual os símbolos são imantados pretende-se, com essa reflexão, apresentar uma resumida trajetória do uso de símbolos e/ou elementos simbólicos que atravessaram a história da religião, colocando em foco, símbolos que se cristalizaram como elementos de devoção/relação entre o homem e Deus na religião cristã. Além desse aspecto, busca-se sinalizar como a contemporaneidade apresenta reflexos marcantes no uso de símbolos como elementos fulcrais na propagação de doutrinas religiosas e na associação entre o sagrado e o terreno.
Palavras-chave: Símbolo, tradição, história, Cristianismo.

Título: “TRANSPARENCIA Y ACCESO A LA INFORMACIÓN PÚBLICA EN LAMBAYEQUE”: MONITOREO DE SOLICITUDES DE INFORMACIÓN PÚBLICA A GOBIERNOS MUNICIPALES1 DE LA REGIÓN - 2008
Autor: Luis R. Alarcón
E-mail: luisalarconll@gmail.com

Resumo: Investigación de tipo descriptivo – analítica que evalúa pedidos de información a 38 Gobiernos Municipales de la Región, en el marco del concepto de transparencia informativa desde las dimensiones de recepción del pedido, circuito para la obtener la información y respuesta a las solicitudes. Se trató de un estudio de percepción centrado en el trabajo participativo de alumnos de Ciencias de la Comunicación de USS, que tomó un año, y cuyos datos obtenidos a través de solicitaciones puntuales de información pero también entrevistas de profundidad a 11 alcaldes, fueron sometidos a análisis cuantitativo y cualitativo lo que permitió explicitar cómo en esta Región, una de las más importantes del país por su desarrollo económico de los últimos tiempos, persiste en general un clima de cerramiento, o “cultura del secreto”, ante un espíritu de ley que no se cumple por escasa política, renuente disposición personal y poca implementación.
Palavras-chave: Transparencia Informativa, Derecho de Acceso a la Información, Burocracia, Participación Ciudadana, Gobernanza.

Título: A COMUNICAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES EMANCIPATÓRIAS - A EXPERIÊNCIA DO BOQUINHA.
Autor: Márcia Almeida Anselmo
E-mail: marciaanselmo@terra.com.br

Resumo: Esse artigo tem como objetivo apresentar a experiência observada pela autora, no período de setembro a novembro de 2008, durante a pesquisa de sua dissertação. Focando a discussão no processo de produção do Boquinha, encarte especial do jornal Boca de Rua, realizado por crianças e adolescentes, em Porto Alegre, RS, pretendemos analisar se as práticas de produção deste veículo são realizadas sob a perspectiva emancipatória. Buscamos entender se, ao participarem de atividades que estimulam o debate e a reflexão sobre suas realidades, os produtores do jornal conseguem desenvolver uma nova ‘visão de mundo’ e criar novas identificações.
Consideramos que, nessa fase da vida, as relações sociais desenvolvidas durante os processos de socialização são fundamentais para a construção das significações da vida social e para o desenvolvimento de novas perspectivas. Assim, colocamos em questão a apropriação de práticas jornalísticas como instrumento de desenvolvimento de novas concepções de mundo, devido ao processo comunicativo presente na elaboração de seus produtos. Em ambientes de livre expressão e comunicação, característico de produções comunitárias, os sujeitos têm a possibilidade de construir interações que estimulem discussões criativas, que potencializam suas capacidades e novas habilidades. São construídas novas histórias, a partir de novos processos argumentativos que oportunizam o desenvolvimento de identificações cidadãs e democráticas
Palavras-chave: Comunicação Comunitária. Cidadania. Infância e Adolescência.

Título: CIUDADANÍA Y DISCURSO NOTICIOSO: EL CASO DE LA RED NACIONAL DE FE Y ALEGRÍA
Autor: Mónica Marchesi García José Enrique Finol
E-mail: monicamarchesi@hotmail.com - E-mail: joseenriquefinol@cantv.net

Resumo: El presente artículo tiene como tema Ciudadanía y Discurso Noticioso: El caso de la Red Nacional de Fe y Alegría, el objetivo principal es determinar cuáles son los elementos que utiliza la radio venezolana para construir ciudadanía, término que en la actualidad no se trata solo de la defensa de los derechos humanos sino la mediación pragmática entre el Estado y los ciudadanos y los ciudadanos entre sí. La investigación tiene un enfoque cualitativo basado en la semiosis social de Verón (1996), en el concepto de isotopías (Greimas y Courtés, 1979), y en los elementos para la construcción de la noticia (Van Dick, 1980; Rodrigo, 2005; y Mata, 1993). Para desarrollar nuestro estudio se realizó una semana tipo, es decir, la grabación fue durante 3 semanas, en la primera se grabó la emisión matutina, en la segunda semana la meridiana y en la tercera la vespertina. Los resultados arrojados demuestran que la red nacional de Fe y Alegría posee una práctica discursiva cercana a lo que se denomina el periodismo liberal (Miralles, 2001) y que aunque tiene una política informativa amplia en cuanto a los elementos fundamentales para generar una ciudadanía de empoderamiento, en su discurso noticioso se realiza todo un complejo entramado que se enfoca especialmente a lo que se denomina como participación ciudadana.
Palavras-chave: Ciudadanía, Semiótica y Radio

Título: INSTALACIÓN DE REDES INALÁMBRICAS Y CREACIÓN DE CENTROS INFORMÁTICOS COMUNITARIOS
Autor: Omar Mauricio Cortés Ascencio
E-mail: omauricioplus@gmail.com

Resumo: El presente proyecto es una idea surgida a través del conocimiento del ciberespacio pero enfocada, aterrizada y modificada para que desde la Iglesia Católica se pueda brindar un servicio de conectividad para las comunidades menos favorecidas a través de la instalación de redes inalámbricas. De esta forma se logrará establecer una serie de Centros Comunitarios de Informática contectados en red, que brindarán telefonía y conectividad a internet a los lugares menos imaginados, incluso a través de la instalación de celdas solares. El proyecto está sustentado por la Wireless Networking in the Developing World, y que en América Latina está en coordinaci’on con el proyecto WiLAC, la fundación EsLaRed y el Instituto para la Conectividad de las Américas (ICA). Puede ser constatado en el sitio http://wndw.net
La experiencia que el autor de este Proyecto ha tenido a través del III Curso-Taller Tricalcar, en la Ciudad de Tlayacapan, Morelos en Marzo del 2008 le ha permitido encuadrar el proyecto como una viabilidad para la acción comunicativa de la Iglesia, pensando en la opción preferencial por los pobres y el deseo de llegar hasta los últmos.
Palavras-chave: Conectividad, Servicio, Sostenimiento, Dignidad, Tecnología.

Título: LA FORMACIÓN DE COMUNICADORES SOCIALES CON UN ENFOQUE DE INTERCULTURALIDAD
Autor: Pablo Espinoza Espinoza
E-mail: pjespino@pucp.edu.pe

Resumo: La ponencia asume el diálogo de culturas como una estrategia susceptible de ser aplicada a la formación de comunicadores sociales desde el ámbito universitario. Se desarrollan diversas aproximaciones al concepto de interculturalidad y se extraen criterios pedagógicos para la formación de profesionales de la comunicación. Las reflexiones recogen la experiencia docente y de acompañamiento de diez años de labor académica de la Facultad de Ciencias y Artes de la Comunicación de la Pontificia Universidad Católica del Perú. Particularmente se dialoga con la Especialidad denominada Comunicación para el Desarrollo.
Palavras-chave: diálogo intercultural, formación de comunicadores, criterios pedagógicos.

Título: AS JUVENTUDES E AS NOVAS FORMAS DE PARTICIPAÇÃO
Autor: Clarissa Diniz Diógenes
E-mail: clarissadiogenes@gmail.com

Resumo: O presente artigo apresenta algumas reflexões sobre a participação dos/as jovens na sociedade brasileira. Pensar os jovens de hoje como pessoas alienadas e passivas e que apenas a juventude das décadas anteriores era participativa e reivindicativa é um pensamento bastante saudosista e superficial em relação à atuação e lutas dos/as nossos/as jovens. Atualmente, não há mais necessidade de fazer passeatas contra um regime autoritário ou estar associado a algum partido político para ser considerado como um sujeito participativo. Os jovens de hoje buscam cada vez mais novas formas de participação, seja através da música, da dança ou da produção de comunicação. Este artigo analisa e apresenta a Revista Viração, uma publicação nacional produzida por jovens de todo o país interessados em discutir e transformar as diversas realidades.
Palavras-chave: juventudes, comunicação, Revista Viração.

Título: SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E A INFOINCLUSÃO: UM DIREITO DE TODOS
Autor: Anelise Silveira Rublescki
E-mail: anelise_sr@hotmail.com

Resumo: Sob a ótica da Sociedade da Informação, o artigo pondera a faceta determinista das Tecnologias da Informação e da Comunicação, que naturalmente levariam a melhores condições de vida, emprego, saúde e desenvolvimento. Discute a convergência tecnológica no processo de digitalização dos meios, dos conteúdos e no surgimento de redes sociais. Questiona a ausência de marcos regulatórios e apresenta alguma das iniciativas do governo brasileiro para inclusão digital-social da população brasileira.
Palavras-chave: Sociedade da Informação – Convergência Tecnológica – Infoinclusão Digital

Título: O SAGRADO E O PROFANO: DO RITO RELIGIOSO AO ESPETÁCULO MIDIÁTICO
Autor: Jaime Carlos Patias
E-mail:mailto:jcpatias@hotmail.com

Resumo: Com a profunda mudança de época em curso, o modo de ser religioso está saindo da esfera protegida da instituição religiosa e da tradição, e se deslocando para a mídia, nova instância organizadora das relações sociais e comunitárias. Este trabalho, proposto para o eixo temático “Comunicação no diálogo das culturas”, no III Muticom, analisa a sobrevivência de elementos do rito religioso presentes na comunicação, não mais em seu sentido original, mas transformados em espetáculo, referenciais para a produção de novas práticas religiosas. Apoiado em pesquisadores do fenômeno religioso e da comunicação, nosso estudo procura evidenciar elementos característicos do ritual religioso na grade da programação televisiva visando compreender a busca de um re-encantamento, ainda que simulado, operado pela sociedade do espetáculo por meio das práticas midiáticas.
Palavras-chave: sagrado; profano; ritual; espetáculo; mídia.

Título: O PENSAMENTO DIALÓGICO E COMPREENSIVO NA CONSTRUÇÃO DE HISTÓRIAS DE VIDA
Autor: Agnaldo José dos Santos
E-mail: pe.agnaldojose@uol.com.br

Resumo: O texto discute dois elementos fundamentais para a construção de uma história de vida em jornalismo — a teoria da ação dialógica e o pensamento compreensivo. Vamos trabalhar dois autores, Paulo Freire e Edgar Morin, cujos pensamentos ajudam o jornalista e escritor de histórias de vida a narrar a realidade sob os signos do diálogo e da compreensão. Muitos repórteres ainda não conhecem esses elementos que podem constituir uma história de vida. Por isso, seguem o discurso cartesiano, que privilegia a razão em detrimento da emoção, a relação vertical em vez da relação horizontal, sujeito a sujeito. Isso tem gerado histórias pobres, vazias e reprodutoras da mesmice do factual, presente em muitos setores da mídia. Muitos profissionais estão acomodados com o lead e os roteiros pré-elaborados nos computadores, prontos para serem preenchidos por meio do telefone ou internet, na própria redação, sem a imersão na realidade. As propostas de Paulo Freire e Edgar Morin para os narradores da realidade possibilitam o desabrochar de uma história que toca o leitor e transforma o ambiente social do caos no cosmos.
Palavras-chave: teoria da ação dialógica, pensamento compreensivo, histórias de vida.

Título: A PSICOLOGIA SOCIAL VAI AO CINEMA NO BRASIL: PARA PENSAR A RELAÇÃO ENTRE A ÉTICA E A ESTÉTICA
Autor: Márcia Pereira Pedroso
E-mail: marcia-pp@hotmail.com

Resumo: Este ensaio busca acompanhar a trajetória do cinema produzido no Brasil desde o período do “Cinema Novo” até o período da “Retomada” e pensar sobre sua diversidade, buscando problematizar suas diferentes fases de desenvolvimento, a partir da relação entre seus contextos, suas técnicas de produção, suas propostas estéticas e a percepção sobre o impacto ético-político dessas obras. Deste modo, discute-se aqui a ética e estética da comunicação sobre a perspectiva de como a cinematografia veicula o sofrimento e a miséria em nosso país. Toma-se para tanto, a estética como fundamento expressivo do valor ético, como parte do próprio argumento, que pode ser uma amálgama de conteúdo – ética – e forma – estética. O objetivo é explorar o campo, recortando e costurando os posicionamentos de estudiosos e cineastas importantes para, ao fim da discussão, propor algumas reflexões.
Palavras-chave: cinema, ideologia, ética.

Título: COMUNICAÇÃO E CULTURA NAS TELEVISÕES CATÓLICAS EM AMBIENTES MIDIÁTICOS
Autor: Marlson Assis de Araújo
E-mail: marlson@uol.com.br

Resumo: Neste artigo faço um diálogo interdisciplinar, entre as ciências da religião, a teologia e as ciências da comunicação, apresentando uma tipologização das televisões católicas no Brasil em ambientes midiáticos, constatando nelas um catolicismo confessional e fragmentado (tradi-institucional, pentecostal e mariano), pobre no diálogo com a sociedade e a sua cultura, às quais pretendem influenciar e transformar. É uma análise semiótica e ao mesmo tempo propositiva, da mídia televisiva católica, suas configurações, limites e contribuições, para a construção de um espaço público – via televisão - com características cidadãs, que favoreça um debate nacional sobre a construção de um Brasil melhor.
A religião possui capital imaterial ou simbólico, capaz de possibilitar ao ser humano redescobrir-se como sujeito do processo comunicacional, de modo que a comunicação deixe de ser funcionalista e ideologia a serviço de um sistema regido por aparelhos (Vilém Flusser), e passe a ser criadora de vínculos, de fraternidade, de solidariedade e de compromissos com a construção de uma humanidade mais feliz. Nesta tarefa, as televisões religiosas, e entre elas, as católicas, tem um papel irrenunciável na constituição da cultura contemporânea.
Palavras-chave: Televisões Católicas – Ambientes midiáticos - Secularização - Aparelho e funcionários – Cidadania.

Título: HACIA UNA TELEVISIÓN PÚBLICA PARA LA INFANCIA Y LA JUVENTUD
Autor: Adrian Lázaro Baccaro
E-mail: mailto:adrianbaccaro@yahoo.com.ar

Resumo: El desarrollo digital habilitará en los próximos años la posibilidad del uso de nuevas frecuencias de radiodifusión de carácter gratuito que pueden ser distribuidos de manera más democrática entre actores sociales, estatales y privados. En este contexto resulta prioritario que las Organizaciones de la Sociedad Civil confluyan en movimientos asociados para la promoción integral de los derechos humanos incluidos los derechos a la comunicación, la información y la cultura, con el fin de hacer frente a las pretensiones hegemónicas de los grupos multimediales que propugnan mayores niveles de concentración.
Un ámbito de particular importancia es el que vincula los derechos de los niñ@s con los medios, la comunicación y la cultura. La experiencia concreta desarrollada por organizaciones argentinas que confluyeron en una Cumbre Mundial de Medios para Niños y Adolescentes Río de Janeiro en 2004, y que logró catalizar en un movimiento que continúa hasta hoy en Argentina, ha logrado que se incluya en un nuevo Proyecto de Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual todas sus demandas. Hoy el objetivo de una televisión pública específicamente dirigida a niños y jóvenes se constituye en una prioridad y las organizaciones sociales deben vigilar su implementación y desarrollo según los parámetros de medios de calidad.
Palavras-chave: Televisión Pública – Infancia y Medios- Políticas Nacionales de comunicación – Derechos de los Niñ@s – Organizaciones de la Sociedad Civil

Título: VECINOS LEJANOS: AS REPRESENTAÇÕES DO MERCOSUL NO JORNAL NACIONAL
Autor: Mariane Selli
E-mail: mailto:marianeselli@yahoo.com.br

Resumo:Considerando um sistema informacional que opera de maneira desigual no mundo, este trabalho investiga os fluxos de informações assimétricos entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, assim como os reflexos destas operações no contexto de um bloco econômico constituído por países subdesenvolvidos. Para tanto, foram delimitados o Mercado Comum do Sul, Mercosul, e seus países membros para buscar verificar a situação atual dos fluxos entre países não hegemônicos, as maneiras com que são estabelecidas as trocas e o papel dos meios de comunicação – mais especificamente do jornalismo – enquanto fonte de informação referencial e legítima. Ou seja, se são repetidas na microesfera as circunstâncias da macrorealidade. A relação da teoria com a prática foi feita a partir de uma análise que combinou técnicas quantitativas e qualitativas, a fim de observar a construção da editoria internacional do Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão. Um programa cujo sinal atinge quase todo o território do país e, portanto, possui papel importante na construção da visão de mundo dos brasileiros.
Palavras-chave: Fluxos de informações no mundo. Fluxos de informações entre países. Jornalismo. Televisão. Representações.

Título: DESAFIOS METODOLÓGICOS NO ESTUDO DA MÍDIA
Autor: Giordano Larangeira Dias
E-mail: giordano.dias@gmail.com

Resumo: O presente trabalho almeja discutir questões acerca da complexidade da mídia como objeto de estudo científico, enfatizando a relevância dos estudos midiáticos e apresentando referenciais metodológicos que podem ser úteis em pesquisas científicas que se propõem a ter a mídia como foco de estudo e investigação. A justificação para apresentá-lo como contribuição ao “Mutirão da Comunicação”, no eixo “Novos processos de comunicação nos diferentes atores sociais”, deve-se ao fato de serem escassos os recursos disponíveis para se realizar com eficiência uma análise crítica, ideológica e ética das formas simbólicas na mídia. O trabalho objetiva também demonstrar de que maneira os referenciais metodológicos foram empregados em uma situação real de pesquisa, transcorrida entre os anos de 2005 a 2008, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul (GUARESCHI, 2008). A pesquisa em questão tinha como proposta analisar diversos aspectos do fenômeno televisivo no Brasil e estudar de forma rigorosa e ampla os cinco programas mais assistidos das cinco emissoras mais relevantes no cenário da televisão brasileira
Palavras-chave: Metodologia, Mídia, Formas Simbólicas, Comunicação

Título: CONVIVENCIA QUECHUA-ESPAÑOL Y DOMINIO LINGÜÍSTICO SINTÁCTICO EN ALUMNOS DEL SEGUNDO CICLO DE PRIMARIA DE HUANCAYO
Autor: Gaspar Orellana Méndez y Ana Vilcapoma Ignacio
E-mail: mailto:gaspar-50@hotmail.com

Resumo: La investigación pretende demostrar el efecto de la convivencia quechua- español en el dominio lingüístico sintáctico en alumnos del II ciclo de educación primaria de Huancayo-Junín. Para tal efecto se aplico la aprueba de redacción escrita en español y oral en quechua de cuentos narrados por el docente a una muestra de 76 estudiantes varones y mujeres del 3º y 4º grado de primaria, agrupados en nivel de convivencia fuerte, moderado y débil, que se estableció a través de un cuestionario ad hoc de convivencia del quechua-español. A un nivel de confianza del 0,05 se encontró en los alumnos del II ciclo de primaria que cuando el nivel de convivencia de esta legua es mayor, los resultados lingüísticos mejoran (t=2,281, 2,640 y 3,480). Esta diferencia se presentó en el cuarto grado solo en la comparación del nivel de convivencia fuerte con el débil (t=2,36). Los logros lingüísticos sintácticos no son diferentes en el español escrito en el cuarto grado ni en todo el II ciclo (3ro. y 4to. Grado). El estudio demuestra que la mayor convivencia del quechua y español afecta favorablemente los dominios lingüísticos sintácticos del quechua oral y no en español escrito, siendo más notoria en el quechua oral y en el tercer grado, que en el español escrito y en el cuarto grado. La correcta e intensa enseñanza aprendizaje del quechua y español afectará favorablemente la sintaxis de estas dos lenguas.
Palavras-chave: Convivencia de lenguas, dominio sintáctico, quechua y español, educación primaria.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

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Call for papers

Anuário Internacional de Comunicação Lusófona 2009.

Memória social e dinâmicas identitárias no Espaço Lusófono

Editores: Moisés Martins & Rosa Cabecinhas

Coordenação Geral:
SOPCOM - Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação e
LUSOCOM - Federação Lusófona de Ciências da Comunicação

Convida-se a comunidade científica para a submissão de textos para o Anuário Internacional de Comunicação Lusófona 2009. Subordinado ao tema `Memória social e dinâmicas identitárias´, este anuário pretende analisar criticamente a relação entre os processos comunicativos e as (re)configurações identitárias no espaço lusófono (Angola, Brasil, Cabo Verde, Timor-Leste, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e S. Tomé e Príncipe). Esta `comunidade´, altamente heterogénea e atravessada por múltiplas tensões e assimetrias sociais (económicas, políticas, étnicas, linguísticas, etc.), não tem sido suficientemente estudada pela academia. O Anuário Internacional de Comunicação Lusófona pretende aprofundar a nossa compreensão sobre a comunicação e a memória social nos diversos países que compõem esta comunidade, as políticas da língua e as (re)configurações identitárias.

Serão particularmente relevantes para este número os seguintes tópicos:

- As esperas públicas nos países lusófonos, representações mediáticas e estereótipos sociais.
- O papel do ciberespaço na (re)construção da lusofonia;
- Diversidade cultural e pluralismo nos media dos países lusófonos;
- As diásporas lusófonas e a construção de identidades em rede;
- O impacto dos fluxos interculturais na (re)construção de sociedades civis activas.
- Políticas da língua e políticas da memória nos países lusófonos.
- Perspectivas pós-coloniais sobre os sistemas de comunicação lusófonos.
- O papel das organizações não governamentais na criação e funcionamento de media alternativos e comunitários.
- O papel das indústrias culturais (cinema, séries televisivas, etc.) na promoção do diálogo intercultural.
- Representações do passado colonial e diálogos pós-coloniais.

Os autores devem enviar os seus textos para o seguinte endereço: alexandra@ics.uminho.pt

Normas: http://www.cecs.uminho.pt/pdf/CECS-publication_guidelines.pdf)

Prazo: 31 Outubro 2009.

Os artigos serão arbitrados e publicados nas línguas originais.

O Anuário Internacional de Comunicação Lusófona está a ser preparado no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Universidade do Minho, Portugal.

sábado, 13 de junho de 2009

Anagrama, o belo espaço para estudantes da graduação


Prezados professores e graduandos:

Informamos que o novo número da REVISTA ANAGRAMA já foi lançado!

Visitem nosso site em: www.usp.br/anagrama ou http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/anagrama/index.

Graduandos, continuem a mandar os seus artigos. O próximo número sairá em Setembro.

Mais informações: www.usp.br/anagrama ou anagrama@usp.br.

Revista Anagrama
Endereço: Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443
Cidade Universitária, São Paulo, CEP: 05508-900
anagrama@usp.br


ARTIGOS do último número

Direito e Literatura: uma análise interdisciplinar do fenômeno jurídico a partir dos textos literários
Claudia Damian Fernandes, Karine Miranda Campos, Claudio Maraschin (UniRitter)

Panorama da Discussão Acadêmica sobre a Liberdade Assistida
Daniel Cardoso (IP-USP)

Revista Veja: uma análise do sensacionalismo na cobertura do caso Isabella Nardoni
Ello Augusto Serafim Maciel de Oliveira, Glaucylayde Silva dos Santos (UFPE)

Práticas de Gestão de Pessoas: descrevendo a realidade de uma indústria de alimentos
Joab Menezes de Vasconcelos, Miguel da Costa Neto, Rosângela Silva de Andrade, Trícia Thaíse e Silva Pontes, Maria Luiza da Costa Santos (IFPB)

As Rotinas Produtivas no Telejornal Pampa Meio Dia de Santa Maria (RS) e a Transição para o Jornal do Meio Dia
Juliano Pires da Rosa, Viviane Borelli (UNIFRA-RS)

As Estratégias do Marketing Internacional em um Contexto Global
Lívia Patriota, Luanna Lopes Vilar, Luciane Albuquerque Sá de Souza (IFPB)

Análise do Filme Royal Palace 1 e 2 à Luz do Boom de Nollywood
Luísa Aquino dos Santos (PUC-PR)

Televisão: janela e cárcere da mulher pós-moderna
Mariana de Felice (ECA-USP)

A Representação do Leitor Modernista Sul-Baiano em Iararana visto sob a Perspectiva da Estética da Recepção
Nelson de Jesus Teixeira Júnior, Patrícia K. C. Pina (UESC)

Discursos Sobre uma Masculinidade em Mudança na Revista Men´s Health
Paulo Rogério Nozi, Cynthia HarumyWatanabe Correa (UEL)

O Receptor como Produtor de Sentido: estudos culturais, mediações e limitações
Rafael do Nascimento Grohmann (UFJF)

Prestígio, Poder e Mediocridade: o jornalista em Lima Barreto
Sara Keller, Cida Golin (UFRGS)


RESENHA
Comunicação e Recepção: um panorama dos estudos culturais e midiáticos
Juliana Reichembach Gelatti (UFSM)

Leia os artigos AQUI