sábado, 31 de maio de 2008

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Das maravilhas do jornalismo - V



Índice de não-leitores é de 45%, aponta pesquisa

Agência Brasil - 28/05 - 17:32

BRASÍLIA - Entre os 172,7 milhões de brasileiros entrevistados pela pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-livro, 45% deles, ou 77 milhões, são identificados como não-leitores, ou seja, não leram nenhum livro nos últimos três meses. Desse público, 47% é mulher e 53%, homem.

Apesar do alto índice, o secretário de educação básica do Ministério da Educação (MEC), André Lázaro, avalia como positivo o resultado da pesquisa.
- O copo está razoavelmente cheio, mas a nossa sede é muito maior. A fotografia hoje diz que estamos em um bom caminho, mas essas informações nos estimulam a trabalhar mais - acredita Lázaro.

O relatório aponta que os classificados como não-leitores estão na base da pirâmide social: 28% deles não é alfabetizado e 35% estudou só até a 4ª série do ensino fundamental. Metade do grupo pertence à classe D e a maioria possui renda familiar de 1 a 2 salários-mínimos. A pesquisa indica ainda que os livros religiosos são os que mais atraem esse público: 4,5 milhões disseram ler a Bíblia.

Entre os motivos para não ler, a falta de tempo aparece como o mais apontado, com 29%. Outros 28% não lêem porque não são alfabetizados e 27% porque não gostam ou não têm interesse. Entre as limitações, 16% afirmaram que possuem um ritmo lento de leitura e outros 7% disseram não compreender a maior parte do que lêem. O relatório ressalta que a leitura aparece em quinto lugar entre as atividades preferidas dos entrevistados, ficando atrás de ver televisão, ouvir música, ouvir rádio e descansar.

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Pirei agora. Por que não fui consultado, se 172,7 MILHÕES DE BRASILEIROS FORAM ENTREVISTADOS? Estranho, muito estranho.

Aaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhh tá!


Quinta, 29 de maio de 2008, 15h06 Atualizada às 14h58

CORREÇÃO: Índice de não-leitores é de 45%, aponta pesquisa
Ao contrário do que foi publicado anteriormente pelo Terra, na notícia Índice de não-leitores é de 45%, aponta pesquisa, no dia 28 de maio de 2008, às 17h02, 172,7 milhões não foi o número de brasileiros entrevistados e sim o número de pessoas abrangidas pela pesquisa, que foi feita por amostragem. A informação foi corrigida no dia 29 de maio de 2008, às 14h55.
Redação Terra

Jornalismo científico - TV Terra: Cientistas encontram 1º animal que deu à luz


Fóssil de peixe que viveu há 375 milhões foi achado ligado a um embrião no oeste da Austrália

Jornalismo de utilidade pública - No Mundo da Lua News: Ajude a mãe-peixe a encontrar o filho


Fabulações do filósofo Divino Habsburgo pelos bosques da reflexão - IV






"Quadrúpede teso e bípede vergado irmanam-se na árvore genealógica da insignificância."






Joan Miró - Personnages Dans la Nuit - 1950

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Concurso para matéria em jornal-laboratório


ESMPU lança prêmio de jornalismo universitário

A Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) lançou o Prêmio ESMPU de Jornalismo Universitário. O objetivo é reconhecer as melhores matérias sobre qualquer um dos quatro ramos do MPU feitas por estudantes e veiculadas em jornais-laboratório mantidos por instituições de ensino
superior de todo o país.

O Prêmio vai estimular a produção de matérias que esclareçam a sociedade
sobre o papel dos ramos do MPU como instituições defensoras da população,
das leis e da democracia. Com isso, pretende mostrar que o trabalho do MP é
de interesse público, matéria-prima para o jornalista.

O primeiro e o segundo colocado de cada região do país serão contemplados
com um prêmio de R$ 5 mil e R$ 3 mil respectivamente. Os vencedores que não
moram em Brasília vão receber diárias e passagens para participar da
solenidade de premiação que vai ocorrer no dia 10 de dezembro.

Podem concorrer matérias veiculadas em jornais-laboratório impressos,
online, de rádio ou de televisão. Os trabalhos podem ser produzidos
individualmente ou em grupo formado por, no máximo, três estudantes.

As inscrições vão até o dia 27 de outubro, pelo endereço
www.esmpu.gov.br/premiojornalismo.
Na página constam a ficha de inscrição e
as informações adicionais.

Assessoria de Comunicação
Escola Superior do Ministério Público da União

Pedágio midiático, a nova fonte de renda do curral chavista


Canal estatal venezuelano passa a cobrar uso de imagem de Chávez

Da Redação - Comunique-se

A Venezolana de Televisión (VTV), de propriedade do governo da Venezuela, anunciou na terça-feira (27/05) que, a partir de 01/06, passará a cobrar por imagens do presidente Hugo Chávez retransmitidas por emissoras particulares. Estão excluídos discursos, atos oficiais e declarações públicas, e a taxa cobrada será de US$ 3.350 por minuto. Como emissora oficial do Estado, a VTV tem acesso exclusivo a maioria dos eventos presidenciais.

A decisão causou grande desconforto nas emissoras particulares e no próprio governo. O ministro da Informação e Comunicação, André Izarras, pediu demissão, alegando que a decisão foi tomada sem consultar Chávez. O diretor-geral da Globovisión – canal que faz oposição ao governo –, Alberto Ravell, disse à Folha de S. Paulo que a cobertura do governo será inviabilizada.

A cobrança ganhou ainda mais evidência pela data do anúncio, exatamente um ano após a concessão da RCTV não ter sido renovada. “A VTV é de todos os venezuelanos, e seus serviços deveriam estar acessíveis a todos os venezuelanos”, opinou à Associated Press Marcel Granier, diretor da emissora, que tem operado por assinatura.

Com informações da Folha de S. Paulo e Associated Press

quarta-feira, 28 de maio de 2008

这种东西,应该立即封杀!!!



China fecha revista que fez fotos sensuais em destroços

Marina Wentzel -
De Hong Kong para a BBC Brasil

O governo chinês fechou uma revista que publicou um ensaio de fotos de modelos seminuas em meio aos destroços do terremoto que atingiu a província de Sichuan e deixou mais de 65 mil mortos.
Na edição de 19 de maio, a revista The New Travel Weekly publicou um editorial de moda exibindo modelos em lingerie com bandagens ensangüentadas posando no meio dos prédios demolidos pelo terremoto. A publicação circulava na cidade de Chongqing, vizinha da província de Sichuan, que foi a área mais afetada. As fotos chegaram às bancas na segunda-feira, 18 de maio, primeiro dos três dias de luto oficial anunciado pelo governo.

Críticas
O conteúdo enfureceu boa parte da opinião pública, que manifestou sua crítica em fóruns de discussão na internet e em editoriais de jornais. Num texto opinativo, o diário Shanghai Daily acusou a revista de se aproveitar da tragédia para fazer uma "jogada de vendas blasfemadora, imoral e intolerável".

O departamento local do governo de Chongqing, que supervisiona a imprensa, considerou o material extremamente ofensivo e decidiu fechar a revista para "retificações" na quarta-feira, 21 de maio. As autoridades disseram que a publicação "violava severamente a disciplina de propaganda" e ia contra a "moral social". Além disso, segundo o governo, as fotografias tinham uma influência "extremamente má" sobre a sociedade.
Resposta

A revista colocou uma nota no seu site na internet se desculpando pela gafe. "Nossos mais sinceros pedidos de desculpas ao povo", dizia o texto. Segundo a agência de notícias estatal Xinhua, a empresa que administra a publicação demitiu o diretor, o editor-chefe e o vice-editor chefe da publicação.

O governo afirmou que poderá permitir que a revista volte a operar no futuro, argumentando que a redação inteira não deveria ser culpada pelo erro editorial de apenas alguns profissionais da chefia.

Pois é


"BARRIGA" DO ANO

Sobre as contradições do jornalismo

Por Venício A. de Lima em 27/5/2008 - Observatório da Imprensa

No final da tarde de terça-feira (20/5) fui surpreendido com telefonema de pessoa de minha família, em Minas Gerais, preocupada em saber se eu estaria viajando ou se estava em Brasília. Estava em Brasília, por quê? "Acabamos de ouvir na rádio Itatiaia de Belo Horizonte que um avião de passageiros havia se chocado com um prédio nas proximidades do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, provocando grande incêndio. Como você sempre viaja, queríamos ter certeza de que não estaria entre as vítimas de mais esse acidente aéreo."

Depois do telefonema, tomei conhecimento de que o canal GloboNews, da operadora de TV a cabo NET, havia interrompido a transmissão ao vivo de depoimentos na CPI dos cartões para "informar" que um avião da empresa Pantanal acabara de cair sobre um prédio na Zona Sul de São Paulo, próximo ao aeroporto de Congonhas. Durante mais de cinco minutos, a GloboNews mostrou imagens de fumaça sobre a cidade e do incêndio que teria sido provocado pelo choque de um avião com o prédio.

Numa inversão da lógica que tem presidido a análise do fluxo das notícias, quase simultaneamente a GloboNews pautou os principais sites online – UOL, Folha OnLine, Terra, iG, Estadão – que passaram a "informar", em manchete, sobre a queda do avião e sobre o incêndio. A partir daí, a "informação" passou também a ser transmitida por emissoras de rádio em todo o país.

Aos poucos foram aparecendo os desmentidos: da Infraero, da Pantanal e da própria Central Globo de Comunicação que, em comunicado, informou:

"A respeito do incêndio ocorrido hoje à tarde em São Paulo, a GloboNews, como um canal de noticias 24 horas, pôs no ar imagens do fogo assim que as captou. Como é normal em canais de notícias, apurou as informações simultaneamente à transmissão das imagens. A primeira informação sobre a causa do incêndio recebida pela Globo News foi a de que um avião teria se chocado com um prédio na região do Campo Belo, Zona Sul de São Paulo. Naquele momento bombeiros e Infraero ainda não tinham informação sobre o ocorrido. As equipes da própria Globo News constataram que não havia ocorrido queda de avião e desde então esclareceu que se tratava de um incêndio em um prédio comercial. Poucos minutos depois o Corpo de Bombeiros confirmou tratar-se de um incêndio em uma loja de colchões."

Não havia acidente. Nenhum avião havia se chocado com qualquer prédio. Na verdade, tratava-se de um incêndio em loja de colchões no bairro paulistano de Moema.

Há vinte meses

Foi impossível não lembrar de uma outra situação envolvendo o jornalismo das Organizações Globo. Esta última ocorrida em 29 de setembro de 2006, quando um jato Legacy derrubou o Boeing que fazia o vôo Gol 1907, de Manaus para Brasília, matando mais de 150 pessoas.

Naquela época, ao contrário de outras emissoras de TV e sites na internet, a TV Globo demorou a noticiar o acidente que ocorreu antes do Jornal Nacional. Como estávamos às vésperas do primeiro turno das eleições presidenciais de 2006, houve uma grande polêmica em torno do assunto. A Globo sempre alegou que não poderia ter dado a notícia sem primeiro checar os fatos. A emissora temia as eventuais repercussões que uma notícia dessas – não confirmada – poderia causar na vida de milhares de pessoas.

Agora a GloboNews deu a "informação" falsa sobre o "acidente". Sites e emissoras de rádio reproduziram a "informação" e só depois se deram ao trabalho de checar para ver se era verdadeira. Não era.

Deixo a meu eventual leitor as devidas conclusões sobre a qualidade e a responsabilidade do jornalismo que continua a ser praticado no Brasil.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Das maravilhas do jornalismo - IV



Mata a ex-mulher e depois se suicida

Paraná-Online

A revolta de George Robert Monteiro, 35 anos, contra sua ex-mulher, por causa do filho de cinco meses, fez com que ele atirasse duas vezes em Andréia Barbosa dos Santos, 25, e depois se matasse. Atingida na cabeça e no peito, Andréia foi internada no Hospital Evangélico. Por sorte, o bebê, que estaria no colo da mãe no momento dos disparos, não foi baleado. O crime aconteceu na casa da mulher, na Rua Trajano Ferreira Martins,Vila Barigüi, CIC, no final da madrugada de ontem. George é natural de Minas Gerais e já tinha passagem pela polícia naquele estado.

De acordo com testemunhas, pouco depois das 4h, George pulou o muro do terreno e foi até a casa dos fundos, onde estava a ex-mulher. Entrou pela janela e, com um revólver calibre 38, efetuou dois disparos em Andréia. Em seguida, apontou contra a própria cabeça e atirou, morrendo na hora, ao lado da porta do quarto. Andréia permanecia internada, até o início da noite de ontem, no Hospital Evangélico, sem risco de morte.

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Milagre! A mulher morta no título ressuscitou no segundo parágrafo. Bendito seja, jornalismo miraculoso.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Uma musiquinha para embalar a semana

Ditirambo semanal






"Assim como de um incêndio nasce outro incêndio, também uma compaixão destrói outra compaixão." - Brútus - Júlio César - William Shakespeare

domingo, 25 de maio de 2008

sábado, 24 de maio de 2008

Santo Deus misericordioso, perdoai


23/05/2008 - 15h44
Erramos: Maio de 68 ajudou a difundir novas idéias no mundo ocidental

da Folha Online

Diferentemente do que foi informado na reportagem Maio de 68 ajudou a difundir novas idéias no mundo ocidental (30/04/2008 - 16h02), a Revolução Francesa ocorreu em 1789, e não em 1979. O erro já foi corrigido.

Das maravilhas do jornalismo - III















E se o crescimento do volume tornar-se incontrolável?

Vá ao teatro, mas não me chame




















http://br.youtube.com/watch?v=RBxRa_dz1MQ

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Fabulações do filósofo Divino Habsburgo pelos bosques da reflexão - III



"Deixai meu sangue imerso na luxúria e minhas veias à rede, recompondo-me do pulsar pecaminoso das ruas."






Paul Delvaux - The Great Sirens - 1947

O vício


e a fissura


quinta-feira, 22 de maio de 2008

A grande chance


ABL abre inscrições para vaga de Zélia Gattai

da Folha Online - 22/05/2008

A ABL (Academia Brasileira de Letras) declarou aberto o prazo de inscrições para o preenchimento da cadeira de número 23, ocupada pela escritora paulistana Zélia Gattai (1916-2008), que morreu no último sábado (17), em Salvador.

A declaração foi feita ontem, pelo presidente da casa, o escritor Cícero Sandroni, após o encerramento da "Sessão de Saudade", que homenageou Zélia Gattai, com a presença dos acadêmicos.

O prazo de inscrição dura dois meses. Terminado, o presidente da ABL vai então marcar a data da nova eleição, quando será conhecido o novo imortal.

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Bom, então tenho ainda 60 dias para finalizar o VIDA SUICIDA DE UM LOUCO ENQUANTO OS MORTOS AMAM A PÁTRIA COM A ESPERANÇA DE NELA REPOUSAREM SUAS CARCAÇAS. Já estou no subtítulo.

Bola fora


AVIÃO ATINGE PRÉDIO EM SÃO PAULO

Publicada em: 22/05/2008
Urariano Mota - Site Direto da Redação

Recife (PE) - Para seguir a mais recente moda no jornalismo, a coluna de hoje será escrita com o revolucionário método do Ctrl + C e Ctrl + V, mais conhecido pelo nome de copia e cola. A começar já pelo título, aí em cima, da “notícia” de 20 de maio de 2008. Ao serviço.

A Globonews, canal pago de notícias da Globo, informou nesta terça-feira que um avião da companhia Pantanal caiu em um prédio comercial da zona sul de São Paulo. A emissora entrou ao vivo com imagens de um incêndio em São Paulo, informando que a causa era a queda de um avião.

"Interrompemos a transmissão", entrou o locutor da Globo News, "acaba de chegar a informação de que um avião da empresa aérea Pantanal caiu em cima de um prédio comercial". A notícia repercutiu em todos os lugares, inclusive nas agências Reuters e France Presse despachando para o mundo: "Segundo a rede local TV Globo, um avião se chocou com prédio". Foi parar no britânico Sky News e na CNN, que cortou sua transmissão para o mundo com "Breaking News" sobre a queda do avião em São Paulo.

Minutos após a notícia da Globonews, a Pantanal divulgou um comunicado negando o fato, que também foi desmentido pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e pelo Corpo de Bombeiros.

O canal pago, após cerca de cinco minutos de transmissão ao vivo, passou a informar que o incêndio ocorrera em uma fábrica de colchões e que não havia vítimas. A emissora não informou a origem do erro, mas se justificou:

A respeito do incêndio ocorrido hoje à tarde em São Paulo, a Globo News, como um canal de noticias 24 horas, pôs no ar imagens do fogo assim que as captou. Como é normal em canais de notícias, apurou as informações simultaneamente à transmissão das imagens. A primeira informação sobre a causa do incêndio recebida pela Globo News foi a de que um avião teria se chocado com um prédio na região do Campo Belo, Zona Sul de São Paulo. Naquele momento bombeiros e Infraero ainda não tinham informação sobre o ocorrido. As equipes da própria Globo News constataram que não havia ocorrido queda de avião e desde então esclareceu que se tratava de um incêndio em um prédio comercial. Poucos minutos depois o Corpo de Bombeiros confirmou tratar-se de um incêndio em uma loja de colchões. Central Globo de Comunicação

Em seguida, a notícia sobre o local do incêndio foi mais uma vez reformulada, para a versão final de que se tratava, de fato, de uma loja de tapetes.

Suspendemos agora o Ctrl + C e Ctrl +V, para extrair dos fatos três coisas.

Coisa 1: observem a gradação de tamanho dos fenômenos. Primeiro, era um avião a se chocar com um edifício, um prédio – seria a nossa versão de um choque em torres gêmeas? Depois, não era bem um avião, era algo, que deixou de existir. Depois, não era um prédio, era uma casa, uma loja de colchões. Depois, ao fim, continuava a ser uma loja (alguma dúvida?), mas de tapetes. Das mil e uma noites, talvez. Dos que voam.

Coisa 2: notem que a Globo News apurou as informações simultaneamente à transmissão das imagens. Leram bem: apurou! E como havia bem apurado, o locutor, em seu padrão globo de qualidade, via e narrava um avião entre as chamas. Mas naquele momento, bombeiros e Infraero ainda não tinham informação sobre o ocorrido. Incompetentes, os bombeiros e Infraero. A Globo News tinha. E furou, a realidade.

Coisa 3: a lembrança de Mark Twain. Diante das manchetes que anunciavam o seu falecimento, ele convocou os repórteres e lhes disse. E faço pela última vez o Ctrl+ C e Ctrl + V.: “As suas notícias sobre a minha morte são manifestamente exageradas”.

Fim do Ctrl+ C e Ctrl + V. Essa frase é minha.

Eu News



Adriana Alves Rodrigues - GJOL

YouTube lançou o Citizen News, um canal de jornalismo cidadão voltado para a produção de conteúdo dos usuários. Veja vídeo de boas-vindas.

Via Jornalistas da Web e ReadWriteWeb

terça-feira, 20 de maio de 2008

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Das maravilhas do jornalismo - II


AN Idéias
18 de maio de 2008
Literatura

Crise de identidade

MÉRI FROTSCHER* | BLUMENAU

Livro "identidades Móveis" relembra a celebração da germanidade dos catarinenses

Muito já foi escrito sobre a Campanha de Nacionalização e a repressão aos estrangeiros e descendentes no período da Segunda Guerra em Santa Catarina, a partir das medidas impostas pelo Estado Novo. O livro "Identidades Móveis" (Méri Frotscher, 240 páginas) parte de outra perspectiva: mostra como as elites de Blumenau, vistas como um "quisto étnico" no Brasil, reagiram e se articularam no sentido de reproduzir e preservar poderes e espaços de influência. O livro é fruto da tese de doutoramento em história defendida junto à Universidade Federal de Santa Catarina e se dirige ...

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Incrível, o texto elogioso da Méri Frotscher para o suplemento cultural do A Notícia, de Joinville, é sobre um livro cuja autora é Méri Frotscher, por sinal a própria resenhista. Eis o ápice do exercício autoral: a auto-resenha. É FANTÁSTICO.

Ditirambo semanal


Tela: Marlene Dumas - The Face of the Painter, 1987

"Não dobrareis as asas para passar pelas portas, nem curvareis as cabeças para não bater no teto, nem tereis medo de respirar para que as paredes não rachem e caiam." - O Profeta - Khalil Gibran

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Das maravilhas do jornalismo


Ex-presidente da Uefa insinua manipulação na Copa-1994

da Folha de S.Paulo

O ex-presidente da Uefa, Lennart Johansson, insinuou em entrevista à revista sueca "Offside", especializada em futebol, que o brasileiro João Havelange, à época presidente da Fifa, pressionou para trocar de forma irregular o juiz da semifinal da Copa de 1994, na qual o Brasil venceu a Suécia por 1 a 0, com gol de cabeça de Romário.

"Trocaram o juiz no último segundo por um sul-americano [o colombiano José Joaquín Torres Cadena], que logo mostrou cartão vermelho para Jonas Thern. Foi estranho", declarou o dirigente sueco, que foi vice-presidente da Fifa e presidiu a Uefa (entidade que comanda o futebol europeu) entre 1990 e 2007.

"Não nego que a entrada de Thern merecia cartão amarelo, mas não vermelho. Essa decisão influenciou na partida. Ele era o capitão, e sem ele [o time] não foi o mesmo", completou Johansson.

Tommy Svensson, técnico da Suécia naquela Copa, após a partida, reconheceu que o Brasil era um time melhor, mas reclamou do lance do cartão vermelho, que o obrigou a alterar a equipe, sacando um atacante. "Não entendi a expulsão."

Responsável pela decisão (precisa) de anular um gol da então campeã Alemanha no mata-mata contra a Bulgária, Cadena foi indicado para arbitrar a semifinal entre Brasil e Suécia na véspera do confronto, o segundo entre as equipe no Mundial dos EUA (no primeiro, houve empate em 1 a 1).

Na solenidade de convocação da seleção brasileira, ontem, no Rio, o técnico Dunga (volante e capitão da seleção brasileira naquela Copa) e seu auxiliar, Jorginho (que foi lateral titular da equipe nacional em 1994), não comentaram as insinuações de Johansson - tampouco foram indagados sobre elas.

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Portanto, como eles não foram perguntados, eles não comentaram. INCRÍVEL.

Fabulações do filósofo Divino Habsburgo pelos bosques da reflexão - II







"Libidinosos, meus sentimentos sempre estão envoltos nos lencóis da existência."

quinta-feira, 15 de maio de 2008

1 a 0


13 de maio de 2008 | ZERO HORA

Seminário

Troca de farpas no Fronteiras do Pensamento

Gerald Thomas e Fernando Arrabal palestraram em Porto Alegre

A segunda mesa do Fronteiras do Pensamento Copesul Braskem 2008, realizada ontem, tinha como tema central o teatro. Mas os excêntricos e performáticos palestrantes fizeram mais do que falar sobre a sua arte.

O dramaturgo espanhol Fernando Arrabal e o teatrólogo brasileiro Gerald Thomas relataram experiências pessoais e demonstraram suas visões muito particulares do mundo. O segundo saiu do palco abruptamente e acabou vaiado pelo público do Salão de Atos da UFRGS.

1 a 1


14/05/2008 - 08h05

Arrabal e Thomas trocam farpas em evento no RS

EDUARDO SIMÕES
da Folha de S.Paulo, em Porto Alegre

As palestras de Fernando Arrabal e Gerald Thomas, anteontem à noite, no evento Fronteiras do Pensamento, em Porto Alegre, frustraram a platéia. O dramaturgo espanhol Arrabal, por excesso; o diretor e também dramaturgo Thomas, por falta. Após mais de uma hora de fala, em que chegou a fazer o público rir com "causos" de personalidades com quem conviveu, como Pablo Picasso, Arrabal deixou o palco do Salão de Atos da UFRGS sem dar um ponto final à palestra.
Já Thomas apresentou trechos de alguns de seus espetáculos em vídeo e, afirmando que não tinha discurso pronto, propôs responder perguntas do público. Saiu meia hora depois.

2 a 1


GERALD THOMAS, O MATEMÁTICO

Juremir Machado da Silva - Correio do Povo

A província estava precisando de um choque cultural. Fernando Arrabal, escritor espanhol, nascido na África e radicado em Paris, e Gerald Thomas protagonizaram o barraco mais previsível do milênio. No primeiro encontro em Porto Alegre, num jantar, já brigaram por razões políticas. Thomas apóia Obama nos Estados Unidos. Arrabal aproveitou para desancar os americanos e pelo jeito meteu republicanos e democratas num mesmo saco. O brasileiro indignou-se e encontrou um meio de sugerir que o espanhol teria alguma simpatia franquista. Fechou o pau. Arrabal teve boa parte da família, inclusive o pai, condenada à morte pelo ditador Francisco Franco. Na falta de outros argumentos, jogou um livro com sua história em cima do histérico e sempre efervescente dramaturgo pós-moderno. Parece que Thomas devolveu a obra da mesma forma. Fernando Arrabal levantou-se e foi embora para o hotel.
Antes da briga com Thomas, porém, Arrabal praticou um ato iconoclasta da maior envergadura, algo quase impensável para um gaúcho, um gesto digno de um ex-surrealista, de um 'transcendente sátrapa do Colégio de Patafísica', uma enormidade capaz de provocar pânico: cochilou diante de dona Eva Sopher, a eterna dama do Theatro São Pedro. Eu não estava lá. Teria dado metade da minha vida para assistir a uma performance tão radical e dadaísta. Não encontro outro termo para qualificar essa situação inusitada. Nada como um estrangeiro para ignorar os nossos ídolos e produzir o absurdo que revigora. O verdadeiro motivo da briga entre Arrabal e Thomas foi simples: Arrabal nunca tinha ouvido falar em Thomas, cujo ego, sabidamente inflacionado, não suportou a desfeita. No entender de Thomas, no entanto, a razão foi outra: Arrabal teria ficado com ciúme da sua relação privilegiada com Samuel Beckett. Um duelo de vedetes.
A palestra de Fernando Arrabal no ciclo Fronteiras do Pensamento foi um sucesso. Gerald Thomas abandonou o jogo na metade e saiu vaiado. Fui me despedir de Arrabal na segunda-feira e perguntei-lhe sobre o ocorrido. Riu. Estava feliz. Ria de si mesmo e de Thomas, a quem só se referia como o matemático, pois dele nunca havia ouvido falar no mundo do teatro. Thomas teria dito a Arrabal que participara como assistente na montagem de uma peça de Beckett, na Inglaterra, em 1971. O espanhol fez as contas e concluiu que, na época, Thomas tinha 17 anos. Daí essa sua afirmação retumbante: 'Esse matemático é cretino e mentiroso. Na Inglaterra, sendo menor de idade, ele nunca poderia fazer esse trabalho'. Numa entrevista dada em 2007, que pode ser encontrada na Internet, Thomas declarou: 'Minha vida inteira é uma mentira'. Arrabal acha que percebeu isso em cinco minutos. Ao saber que Thomas abandonara a própria palestra na metade, Fernando Arrabal deu mais uma pancada: 'É um plagiário. Quis me imitar. Eu saí batendo a porta numa noite, ele fez o mesmo na noite seguinte. Só que ninguém me vaiou'.
Parece que tudo é mesmo relativo. O jornalista da Folha de S. Paulo, que costuma legitimar o delírio de Thomas, viu tudo ligeiramente invertido: 'Arrabal deixou o palco do Salão de Atos da Ufrgs sem dar um ponto final à palestra. (...) Já Thomas apresentou trechos de alguns de seus espetáculos em vídeo e, afirmando que não tinha discurso pronto, propôs responder perguntas do público. Saiu meia hora depois'. A platéia sabe que foi exatamente o contrário.

Assim, faceiro, para Recife ele rumou

e até agora ninguém o encontrou

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Circo da Notícia


Por Carlos Brickmann - Observatório da Imprensa

CASO ISABELLA
Aquilo que o povo quer e a Justiça

Certa vez, quando era presidente da Câmara Federal, o deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) disse uma frase histórica: algo como "aquilo que o povo quer esta Casa acaba querendo". Pouco depois, a opinião pública se voltava contra ele – injustamente, aliás. E, diante do clamor popular, expresso pela imprensa, Ibsen foi cassado.

Uma decisão judicial, agora, parafraseia a expressão de Ibsen: é preciso prender o casal acusado do assassínio da menina Isabella, entre outros motivos, por causa do clamor popular. Clamor esse que, sabemos, é muito influenciado pelos meios de comunicação e pela ânsia de autoridades que querem aparecer na TV.

Aceitemos, para argumentar, que o casal seja efetivamente culpado (e os indícios até agora conhecidos apontam mesmo para essa direção). Os advogados de defesa terão, no comportamento das autoridades e dos meios de comunicação, fortes aliados. Que isenção terá uma delegada que, ao deparar pela primeira vez com o casal, desatou a gritar "assassinos"? Alugar até banheiros químicos com dinheiro público para as pessoas que iriam à repartição de polícia exigir o linchamento do casal não indicará uma posição adotada, antes de qualquer investigação? E o sangue no carro, havia, não havia? Ou não se sabe – afinal, foram tantas entrevistas!

Como pôde alguém entrar com uma câmera numa área restrita, guardada pela polícia, para gravar o acusado no momento em que "tocava piano" (tomavam-lhe as impressões digitais) e passar a imagem para a imprensa? Quem providenciou um carro de polícia com vidros claros, para que os presos pudessem ser filmados e fotografados enquanto eram transportados para a cadeia? E, principalmente, por que devem os acusados ficar presos se assassinos confessos e condenados aguardam o julgamento dos recursos em liberdade?

Há jornalistas que consideram Gêngis Khan um esquerdista enrustido dizendo que é assim mesmo, que não há mal nenhum em expor acusados a multidões que proclamam seu desejo de linchá-los. Efetivamente, em casos como esse, em que não apenas uma menina foi morta, mas em que as suspeitas recaem em quem deveria protegê-la, o ritual da Justiça é irritante. Mas é essencial – e, embora os meios de comunicação tenham contribuído para o clima de linchamento, a maioria absoluta concorda com isso – para que possamos continuar vivendo em sociedade.

Oração
Quem for contra o direito de defesa deve rezar todos os dias para não precisar dele.

O ataque ao ídolo
Ronaldo Gorducho se transformou em alvo preferencial da artilharia da imprensa. Até aí, tudo bem: quando as notícias sobre ele eram favoráveis, quando saía com belas mulheres, quando as Ronaldinhas posavam nuas, nunca se queixou dos repórteres. Não pode queixar-se agora. Mas há limites: gravar uma entrevista feita em outra emissora e encaixar novas perguntas, de maneira a tornar comprometedoras as respostas do ídolo, isso não dá para aceitar. Pense em alguma pergunta simples, algo como "você acredita que poderá voltar a treinar nesta semana", a que ele respondeu "não". E troque a pergunta: "Você gosta de mulher?"

Pois foi o que fizeram.

A lenda vive
No domingo, Dia das Mães, o Diário do Grande ABC, maior jornal regional do país, completou 50 anos. A festa se realizou na antevéspera, com a presença de dois dos quatro fundadores do jornal: Mauri Dotto, que continua na empresa, e Fausto Polesi, rijo e brilhante nos seus mais de 70 anos. Fausto Polesi fez um discurso emocionante, lembrando o ABC paulista na época em que o jornal foi fundado e sua trajetória de crescimento. Só faltou um toque para que a homenagem fosse completa: levar ao palco o filho de Fausto, também jornalista brilhante, ótimo repórter e editor, com carreira não só no Diário do Grande ABC mas também nos grandes jornais nacionais. Faltaram os aplausos a Alexandre Polesi.

Alô, pauteiros
Neste mês e no próximo haverá em São Paulo dois grandes eventos, daqueles que atraem gente de todo o país e que se medem em milhões de participantes: a Marcha para Jesus, dentro de pouco mais de uma semana, e a Parada Gay. Ainda dá tempo de medir os locais em que se realizarão os eventos e calcular, cientificamente, o número de participantes. É preciso evitar aquela coisa ridícula de dizer "tantas pessoas, segundo os organizadores, ou tantas, segundo a Polícia Militar". A informação deve ser precisa, e o investimento vale a pena: os dois eventos se realizam em diversos países e os de São Paulo são os maiores do mundo.

Silêncio ensurdecedor
O Correio Braziliense do dia 5 publicou uma notícia interessantíssima: dos 17 senadores que recebem ajuda de custo de R$ 3.800 mensais para cobrir despesas com moradia, quatro, cujos nomes são citados na matéria, têm excelentes residências, em excelentes endereços da capital federal. Dois outros, cujos nomes são também citados, têm imóveis residenciais em Brasília, mas preferem morar em propriedades alugadas, embolsando assim a ajuda de custo.

A reportagem foi ótima – e não houve repercussão nenhuma. Jornais, revistas, internet, rádio, TV, todos passaram por cima do tema. Por que tanto silêncio?

Como...
De um grande jornal: Estuprador de Basset é "condenado" a pagar multa de R$ 150.

Aspas se usam, normalmente, em duas ocasiões: para indicar que a frase é transcrita sem mudanças, ou para indicar que determinado termo não tem o sentido que lhe é habitual. No caso, o cavalheiro que estuprou o cachorro foi condenado. Por que as aspas em "condenado", então?

...é mesmo?
De um currículo recheado de experiências, ações estratégicas, termos em inglês, multinacionais, títulos e cargos de direção: "(...) atualmente lessionando (...)"

"Lessionando" deve ser a mesma coisa que "dar lissões".

E eu com isso?
Lessionemos, pois. Um velho jornalista dizia que, quando não sabia se a palavra era com um ou dois "esses", botava logo três, para parecer que era erro de datilografia. Mas no caso não serve. Talvez um "leçionando", com cedilha, ou, melhor ainda, "lescionando", dê mais a impressão de erro de digitação.

Mas, enquanto discutimos a Última Flor do Lácio, cada vez mais inculta e menos bela, a vida continua rolando. Veja só: Kate Moss sai de aula de ioga e encontra seu motorista dormindo no carro.

E há outras notícias sem as quais o jornalismo desapareceria (como encher o espaço de tantas páginas de celebridades?)

1. Filha de George W. Bush não convida namorado da prima, que é filho de Ralph Lauren, para seu casamento
2. Xanddy faz escova progressiva
3. Grávida, Lavínia Vlasak caminha na praia
4. Mulher Moranguinho faz aula de pole dance
5. Lily Allen vai às compras com sutiã de fora
6. Sem aplique, Amy Winehouse é flagrada com queda de cabelos

Do jeito que a moça se dedica aos secos e molhados, alguma coisa tinha mesmo de cair. Ainda bem que são só os cabelos.

O grande título
Apenas três concorrentes (provavelmente, nesta semana o colunista estava menos atento do que de costume):

1. Cientistas flagram "assédio sexual" de foca a pingüim
Não podia dar certo: um mamífero com jeitão de peixe se interessando por uma ave com o jeitão do deputado Michel Temer usando smoking.

2. KLB fará ´impossível` por papagaios
Este é um problema da internet: o título fica pela metade e o redator nem percebe.

E o grande vencedor:
3. Suíça amolece para garantir batata frita em jogos de futebol

Certamente deve querer dizer alguma coisa.

terça-feira, 13 de maio de 2008

O milagre da marmitada


Cartão - Presidência compra 595 marmitas no Pará

De Andreza Matais - Folha de S.Paulo

A Presidência usou cartão corporativo para comprar 595 marmitas e o mesmo número de refrigerantes durante uma viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Pará, em fevereiro de 2004, na qual 40 auxiliares de apoio acompanharam a comitiva, que passou cerca de quatro horas no Estado e chegou após o almoço. A despesa foi classificada como "sigilosa" e está sob análise da CPI dos Cartões e entre documentos requisitados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) para auditoria.

A compra foi feita no restaurante Sinhá Norte Comércio e Representação, que vende comida popular, por um dos ecônomos (servidor que cuida dos gastos) que serve ao presidente, Clever Pereira Fialho. O custo foi de R$ 3.808. Cada marmita custou R$ 5 e os refrigerantes, R$ 1,40, segundo a nota fiscal 1.142, a que a Folha teve acesso.

e o milagre da casa própria


Mulher do Paulinho da Força Sindical compra casa à vista no litoral paulista

Da Folha de S.Paulo

Colocado sob suspeita na Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, por supostamente se beneficiar de desvio de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), 52, o Paulinho, há mais de um mês freqüenta uma nova casa em Bertioga, no litoral sul de São Paulo, registrada em nome de sua filha, Daniele Costa da Silva.
O imóvel foi comprado pela mulher de Paulinho, Elza de Fátima Costa Pereira, 48, tesoureira do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes. Ela informou, por meio do advogado Antônio Rosella, ter pago R$ 220 mil pelo imóvel, com um cheque seu de R$ 160 mil e o restante em dinheiro. Segundo o advogado, a parte em dinheiro foi paga “por conveniência” e o imóvel foi registrado em nome da filha por se tratar de “uma dependente”.
Elza declarou em 2006 ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo, quando se candidatou, e perdeu, a senadora paulista pelo PDT, um patrimônio de R$ 441 mil, sendo R$ 130 mil em “aplicações financeiras” na Caixa Econômica Federal e o restante equivalente a 50% de dois imóveis. Se fosse mantido intocado na poupança, o valor em dinheiro guardado por Elza na CEF seria hoje de R$ 149 mil -cerca de 67% do valor que ela desembolsou pela nova casa em Bertioga.
Em 2006, Paulinho declarou-se mais pobre que a mulher, com um patrimônio total de R$ 163,1 mil.

Bye, Hillary?


Este «obrigada» pode significar «adeus»?

Do Público.PT - agora pela manhã

Um vídeo de agradecimento de Hillary Clinton aos seus apoiantes gerou especulações de que a senadora estará prestes a anunciar a sua desistência. No vídeo, colocado no canal oficial no YouTube, Hillary Clinton apenas agradece aos seus apoiantes e nunca se refere a uma possível vitória contra Obama nem à hipótese de vir a ser Presidente dos Estados Unidos. Num tom calmo, Clinton pede o apoio para as primárias na Virgínia Ocidental, Kentucky e Oregon mas nada diz sobre as eleições seguintes, em Porto Rico, Dakota do Sul e Montana.

O panorama do jornalismo investigativo



Quatro visões internacionais sobre o jornalismo investigativo


Todos os participantes do III Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo puderam testemunhar, em encontro especial na noite de sexta-feira (09/05), quatro panoramas internacionais sobre o jornalismo investigativo. Rosental Calmon Alves, do Knight Center para Jornalismo nas Américas no Texas; Américo Martins, da BBC de Londres; José María Irujo, do El País; e Lise Olsen, do Houston Chronicle participaram do debate.
EUA I
Rosental fez uma breve explanação, enfocando sua área de estudo: o jornalismo digital. Mostrou um aspecto negativo, a crise sem precedentes no mercado americano, com grande queda de vendagens devido à internet, e outro positivo, o computador como instrumento de reportagem.
"O jornalismo americano não pode perder sua característica de buscar aquilo que os poderosos querem que ninguém saiba", afirmou. Como exemplo, citou a Pro Publica – agência de jornalismo investigativo que oferece, gratuitamente, conteúdo a publicações –, e a reação de grandes jornais. "Há quatro anos, o New York Times, que é o jornal menos afetado pela crise, abriria mão. Hoje, na própria matéria sobre a Pro Publica, eles disseram que considerariam o material".

Reino Unido
Américo iniciou sua palestra com uma máxima: a Inglaterra tem a melhor – "Financial Times, Economist e The Guardian" – e a pior imprensa do mundo – "o sensacionalista; não dá nem mais pra chamar de tablóide porque o Guardian e o Independent são tablóides, mas pagam por informação e achincalham pessoas em nome da investigação".
Sobre jornalismo investigativo, Américo disse que os ingleses têm a característica de fazer investigação em todas as mídias. "O Today Program, na BBC rádio, pauta toda a mídia. Eles são mestres em investigação na TV. O Panorama, da BBC, colocou um repórter para investigar racismo na polícia britânica por seis meses. Ele fez o curso de policial, e chegou a servir. Essa reportagem teve um ano e meio de preparação", contou.
Fora da BBC, Américo citou o Channel 4, que levou o último Bafta de current affairs, e muitas produtoras que realizam jornalismo investigativo, um mercado atuante no Reino Unidos. "A questão agora é a cobertura de terrorismo. É uma obsessão da mídia mundial, e há poucas fontes. E terrorismo não é um 'crime normal', não há interesse da polícia que isso seja difundido", comentou.

Espanha
Irujo fez o painel mais pessimista. "São poucos os jornalistas especializados em investigação, não mais que uma dúzia, e todos na mídia impressa. As empresas não investem porque não há rentabilidade. Vivemos uma avalanche de jornalismo declaratório. A investigação é um pássaro raro", lamentou.
O governo espanhol tem feito coletivas sem perguntas, o que demonstra um cenário político desfavorável à investigação. Os repórteres pouco se dedicam devido à falta de estrutura e incentivo, procedimentos de rotina e acomodação. "E não há nada mais patético do que jornalista acomodado".
O espanhol fez questão de ressaltar a ética em investigação jornalística: "Não podemos grampear telefones. Não podemos invadir propriedades. Não podemos aceitar dossiês preparados por outras pessoas. Sou contra o uso de câmeras ocultas. Não podemos cometer nenhum delito que torne o jornalismo ilegítimo e perverso".
Américo Martins comentou depois concordando com a fala de Irujo, mas não sendo totalmente contra câmeras ocultas. "O que a BBC faz é se perguntar se aquilo tem como ser feito de outra forma. No caso do repórter que investigava os policiais, não havia. E ele conseguiu imagens sensacionais. Acabou preso, mas a justiça o liberou porque considerou que o interesse público estava acima", observou.
Irujo se mostrou meio desencantado com a internet. "Ela pode acabar com o jornalismo investigativo. Mas eu ainda acho que vai sobreviver, e encontrar seu espaço", apostou.

EUA II
Lise Olsen, que também integra o Investigative Reporters and Editors (IRE), foi na direção contrária. Ela mostrou exemplos de sites que fazem e contribuem para o jornalismo investigativo. Um especial do Arizona Daily Star registra todas as pessoas que morrem tentando atravessar a fronteira entre Estados Unidos e México, com foto e perfil, criando um banco de dados sobre a região.
Citando uma experiência colaborativa, mostrou um especial feito no Houston Chronicle sobre a qualidade do ar na cidade, em que aparelhos de medição foram distribuídos aos leitores que completavam as informações em um site. "A internet foi uma sócia da investigação. Há bancos de dados, mapas de análises sociais e o trabalho com blogs".
Felicitando a Abraji pelo congresso, e ressaltando que o Brasil tem que ter um trabalho de liderança no jornalismo investigativo na América Latina, ela ressaltou que, há 15 anos, somente três países tinham uma lei de acesso às informações públicas. Hoje são 60.

Bolsas para investigação jornalística


Abertas as inscrições para as Bolsas Avina de Investigação Jornalística

Já estão abertas as inscrições para a segunda edição das Bolsas AVINA de Investigação Jornalística para o Desenvolvimento Sustentável, projeto da Fundação AVINA que tem como objetivo cooperar com os meios de comunicação e os profissionais da imprensa para a produção de investigações sobre temas relevantes na busca de modelos sustentáveis de desenvolvimento na América Latina.
São 6 categorias e temas:

Categoria: EQUIDADE / Tema: Inclusão Social

Categoria: GOVERNABILIDADE DEMOCRÁTICA / Tema: Transparência

Categoria: GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS / Tema: Mudança Climática

Categoria: DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL/ Tema: Negócios Inclusivos

Categoria: AMÉRICA LATINA / Tema: Integração

Categoria: ARTE E SOCIEDADE / Tema: Educação (*)
(*) Em aliança com Daros Latinamerica (Daros Latinamerica é uma coleção de arte contemporânea com sede em Zurique, Suíça, que está implementando o projeto "Casa Daros" no Rio de Janeiro, uma plataforma de difusão e apreciação das artes contemporâneas em geral e da América Latina em particular, tendo como focos principais a arte, a educação e a comunicação).
Os valores para cada bolsa, por tipo de meio, são:6 mil dólares para TV e 4 mil dólares para jornais, revistas, internet, rádio e agências de imprensa. O total dos incentivos financeiros é de 250 mil dólares. Esperamos oferecer mais de 50 bolsas!

Quem pode se inscrever para uma bolsa?

Serão elegíveis as propostas apresentadas por repórteres, repórteres gráficos, jornalistas freelance, editores, chefes de redação ou editores executivos. Serão aceitos trabalhos de jornalistas que trabalhem ou colaborem com empresas de meios informativos e agências de notícias latino-americanas ou estrangeiras. Em todos os casos, a proposta deve ter como foco geográfico a América Latina.

Como se inscrever?

A informação relacionada às condições e procedimentos se encontra no website da AVINA: http://www.avina.net/. O encerramento das inscrições ocorrerá no dia 1° de julho (terça-feira). Não deixe sua inscrição para última hora, pois o formulário de inscrição exige algum tempo para seu preenchimento!

AVINA e Organizações apoiadoras

Bolsas AVINA de Investigação Jornalística conta com o apoio da Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano (FNPI), Asociación de Periodistas Europeos (APE), Foro de Periodismo Argentino (Fopea), Sociedad Interamericana de Prensa (SIP), Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Instituto Prensa y Sociedad (Ipys), Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI), Communication Initiative Latin America (CILA), Alianza de Comunicadores para el Desarrollo Sostenible (ComPlus), Reporters d´Espoirs e Knight Center for Journalism in the Americas.

AVINA tem como missão associar-se com líderes da sociedade civil e do empresariado em suas iniciativas para o desenvolvimento sustentável na América Latina.
Para mais informações, escreva para: becas@avina.net

Curso do Estadão 2008


O programa do Curso Intensivo de Jornalismo Aplicado é voltado prioritariamente para os aspectos práticos da profissão.



Podem se inscrever para o Curso Intensivo de Jornalismo Aplicado jornalistas formados até dois anos antes de sua realização ou alunos do último ano ou semestre das escolas de jornalismo de todo o Brasil.


O Curso Intensivo de Jornalismo Aplicado, criado em 1990 por decisão conjunta das diretorias de O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde, Agência Estado e Rádio Eldorado, é reconhecido como Extensão Universitária em Jornalismo pela Faculdade de Comunicações da Universidade de Navarra (Espanha).

CLIQUE AQUI PARA FAZER SUA INSCRIÇÃO - 10 de maio a 01 de julho

Prova de seleção - 03 de agosto

Divulgação dos 60 pré-classificados - 17 de agosto

Entrevistas - 19, 20 e 21 de agosto

Divulgação dos 30 selecionados para o curso - 24 de agosto

Curso de 01 de setembro a 05 de dezembro

segunda-feira, 12 de maio de 2008

E o TROFÉL IMPRENÇA desta semana, na categoria geopolítica latino-americana, vai para:





JB Online de ontem - matéria publicada às 11h57.

Ditirambo semanal








"Tudo o que é profundo ama a máscara." - Além do Bem e do Mal - Friedrich Nietzsche