A gloriosa Polícia Federal invadiu ontem um bosque do campus da UFSC a pretexto de deter usuários daquela erva com cheiro estranho. Na verdade, a competente força, depois auxiliada pela gloriosa Tropa de Choque da Polícia Militar catarinense, estava na universidade para prender a sombra do proprietário dos 450 quilos de cocaína apreendidos na propriedade do senador mineiro Zezé Perrella, caso, como sabemos, amplamente elucidado.

Ministério Público do Rio de Janeiro confirma ter sugerido a libertação dos PMs responsáveis por arrastar a servente Claudia Silva Ferreira, por não ter encontrado provas suficientes para o pedido da prisão. Talvez se os PMs a arrastassem/matassem novamente, com o devido acompanhamento do MPRJ...

Banquete no palácio - eu e Maria Ferreira de Araujo Nunes, minha avó

Anteontem, minha mãe, Rosamaria Araujo Nunes, homenageou o nascimento da minha vó, Maria Ferreira de Araujo Nunes. Moramos eu e ela em Livramento, na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Sempre em quartos de hotel, pensões e cantinhos cedidos. Daí a minha alma errante, o desapego da propriedade e o conhecimento de causa da sobrevivência às custas da aposentadoria. Transformávamos estes lugares em nosso Taj Mahal, pelo menos eu na hábil imaginação de quem tinha 5 a 10 anos. Todo dia 1º havia festa no paraíso. Ela recebia e comprávamos uma galinha assada [no meu mundo, frango se chama galinha], radiante e garbosa [gorda]. Nas três semanas seguintes muitas bolachas, chás e comedimentos gastronômicos. Minha avó passava o tempo a fazer lindas flores de tecido, para complementar a renda, e eu a filosofar com as formigas, inquirindo-as dos mistérios da existência. Fazia as mesmas indagações de Hamlet, mas na porta do formigueiro. Um belo dia tomei conhecimento do significado da palavra epifania. Notei aquele caderno largado à mesa e me aproximei. Abri-o e naquele momento fui ofuscado por uma luz inominável, como bem sabem Moisés e Maomé. Havia descoberto a letra mais linda do universo: a da minha avó. Toda vez quando recordo da dona Maria vem-me esta recordação e sinto vontade de chorar. E choro, só pra mim, e para ela.

Greve dos ônibus em Curitiba. Comércio atendendo a meia boca. 10h30 e a Biblioteca Pública do Paraná fechada. Nestas horas nenhuma chefia tem carro, nem aquele tão badalado, e nenhum chefe tem competência para segurar o tranco no respectivo setor, função para a qual é pago e jurou desempenhar na alegria e na tristeza, na barbada e na adversidade.

Edital dos novos ônibus de Porto Alegre, a capital dos 50ºC, quer veículos sem ar-condicionado para baixar o custo. Ô prefeito @josefortunati, por acaso tu és burro ou inteligência pura?

Academia Brasileira de Letras pensa em criar cadeira específica para os discursos do Pedro Bial nas eliminações do BBB.

Restou a Marco Feliciano, sentado no colo de um irmão, exclamar: "Mas que pouca-vergonha".

Jornal Nacional deu uma aula de desjornalismo ontem à noite, com a confirmacão pelo pai do Neymar do recebimento dos nebulosos 40 milhões de euros. O telejornal conseguiu informar sem informar e esclarecer absolutamente nada. Why? Porque a transação foi feita pelo ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell, amigo do Ricardo Teixeira, compadre da Rede Globo. Simples.

Presidente do Barça renuncia por causa das falcatruas na compra do Neymar. A N&N, empresa da família do jogador, e o pai do Neymar receberam 48,5 milhões de euros. Alô, alô, Receita Federal, este dinheiro foi declarado?

Colunista do O Sul acha homossexualismo doença. Doente, sr. Adroaldo Streck, é quem considera homossexualismo doença. Doente e ignorante.

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