China fecha revista que fez fotos sensuais em destroços
Marina Wentzel -
Marina Wentzel -
De Hong Kong para a BBC Brasil
O governo chinês fechou uma revista que publicou um ensaio de fotos de modelos seminuas em meio aos destroços do terremoto que atingiu a província de Sichuan e deixou mais de 65 mil mortos.
O governo chinês fechou uma revista que publicou um ensaio de fotos de modelos seminuas em meio aos destroços do terremoto que atingiu a província de Sichuan e deixou mais de 65 mil mortos.
Na edição de 19 de maio, a revista The New Travel Weekly publicou um editorial de moda exibindo modelos em lingerie com bandagens ensangüentadas posando no meio dos prédios demolidos pelo terremoto. A publicação circulava na cidade de Chongqing, vizinha da província de Sichuan, que foi a área mais afetada. As fotos chegaram às bancas na segunda-feira, 18 de maio, primeiro dos três dias de luto oficial anunciado pelo governo.
Críticas
O conteúdo enfureceu boa parte da opinião pública, que manifestou sua crítica em fóruns de discussão na internet e em editoriais de jornais. Num texto opinativo, o diário Shanghai Daily acusou a revista de se aproveitar da tragédia para fazer uma "jogada de vendas blasfemadora, imoral e intolerável".
O departamento local do governo de Chongqing, que supervisiona a imprensa, considerou o material extremamente ofensivo e decidiu fechar a revista para "retificações" na quarta-feira, 21 de maio. As autoridades disseram que a publicação "violava severamente a disciplina de propaganda" e ia contra a "moral social". Além disso, segundo o governo, as fotografias tinham uma influência "extremamente má" sobre a sociedade.
Resposta
A revista colocou uma nota no seu site na internet se desculpando pela gafe. "Nossos mais sinceros pedidos de desculpas ao povo", dizia o texto. Segundo a agência de notícias estatal Xinhua, a empresa que administra a publicação demitiu o diretor, o editor-chefe e o vice-editor chefe da publicação.
A revista colocou uma nota no seu site na internet se desculpando pela gafe. "Nossos mais sinceros pedidos de desculpas ao povo", dizia o texto. Segundo a agência de notícias estatal Xinhua, a empresa que administra a publicação demitiu o diretor, o editor-chefe e o vice-editor chefe da publicação.
O governo afirmou que poderá permitir que a revista volte a operar no futuro, argumentando que a redação inteira não deveria ser culpada pelo erro editorial de apenas alguns profissionais da chefia.
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