segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Para encher lingüiça


A FSB Pesquisas acaba de divulgar a segunda edição da newsletter Barômetro de Imprensa, uma pesquisa online que traz bimestralmente as opiniões dos jornalistas brasileiros sobre temas diversos da política e da economia nacional.

A pesquisa trouxe a opinião de 509 jornalistas de todo o país sobre questões ligadas à sua profissão e à conjuntura política nacional. Entre os temas, a enquete mediu o grau de satisfação do jornalista com a sua profissão e suas expectativas para os próximos meses.

O trabalho, que tem a coordenação de Wladimir Gramacho, diretor executivo da FSB em Brasília, é feito através de pesquisa online enviada aos jornalistas de todo o país cujos endereços eletrônicos estão cadastrados no Maxpress (ao todo, são 30.427 jornalistas cadastrados).


Jornalistas contentes e otimistas no trabalho

O otimismo está em alta nas redações brasileiras. Cerca de metade dos jornalistas entrevistados pelo Barômetro de Imprensa admite estar muito satisfeita com a profissão, e a maioria dos trabalhadores no setor manifesta boas expectativas em relação aos próximos 12 meses. A maior parte do grupo pesquisado divide-se entre os que acreditam que as suas condições de vida melhoraram nos últimos 12 meses ou se mantiveram inalteradas. Apenas 13,2% dos entrevistados consideram ter havido piora nesse quesito no intervalo de um ano.

Os níveis de satisfação no trabalho são distintos quando se agrupam jornalistas por tipo de mídia. Os menos contentes são os de rádio e TV: apenas 38,2% deles atribuem notas de 8 a 10 ao seu grau de satisfação, e um em cada quatro trabalhadores daquelas mídias prefere notas de 1 a 5. Resultados menos animadores que as avaliações positivas predominantes no jornalismo impresso e online.

A pesquisa aponta que os graus de satisfação variam também entre jornalistas de diferentes faixas de experiência, mas as respostas não embasam qualquer afirmação no sentido de o contentamento aumentar ou diminuir com o período de atividade na imprensa. O nível mais alto de satisfação (notas de 8 a 10) ocorre entre os entrevistados que acumulam entre 15 e 20 anos de profissão (mais de 60%), e o pior índice encontra-se na faixa de 10 a 15 anos (38,7%). Os extremos na escala de tempo se tocam: novatos com até cinco anos de redação e veteranos com mais de duas décadas no ofício são os que apresentam os resultados mais parecidos no quesito satisfação, com mais de 50% de notas entre 8 e 10.

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